Cerca de 600 pequenos produtores de cana de açúcar da Mata Sul pernambucana, que abasteceram destilarias da microrregião, cobram participação no Programa de Subvenção Federal. Eles reivindicam os mesmo direitos que os fornecedores das indústrias de açúcar e etanol da Região Nordeste, beneficiados pelo subsídio governamental. A respectiva inclusão será debatida nesta quinta-feira (20), às 15h, no Ministério da Fazenda, em Brasília. A Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Sindicato dos Cultivados (Sindicape) e a Associação dos Produtores de Aguardente do Estado (APAR) participam da reunião.
O programa garante R$ 5 ao produtor por cada tonelada comercializada entre 1º de agosto de 2009 e 31 de julho de 2010. Entretanto, de acordo com regulamento da subvenção publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), são beneficiados apenas aqueles que têm como atividade principal ou secundária a produção de açúcar e/ou etanol. Dessa forma, os produtores que abastecem a produção de aguardente estão excluídos do benefício.
Cerca de 114 mil toneladas de cana foi destinada à produção de aguardente em destilarias dos municípios de Escada e Amaragi. Apenas neste caso, sem a subvenção, os produtores perderão aproximadamente R$ 572 mil. “O direito deve ser igual a todos, sem distinção”, ressalta o presidente da AFCP, Alexandre Andrade. Ele conta que esses produtores são idênticos aos fornecedores das usinas de açúcar e álcool, inclusive, têm os mesmo custos de produção. “Manter esse critério de separação é uma injustiça, não tem porque motivo deixar desse jeito”, ressalta.