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Etanol de segunda geração ganha nova aliada

A futura produção de biocombustíveis de segunda geração ganha uma nova aliada. Trata-se da Petrobras que acaba de firmar com a Novozymes um acordo para desenvolver uma nova rota para produção desses biocombustíveis utilizando bagaço para produção de etanol a partir da ação de enzimas.

O acordo abrange o desenvolvimento de enzimas e de processos de produção de etanol lignocelulósico, produzido do resíduo fibroso da produção de cana.

O potencial comercial do etanol celulósico no Brasil é considerável, devido à grande quantidade de bagaço de cana disponível no país. O Brasil é o maior produtor mundial de cana, com uma capacidade de extração de cerca de 600 milhões de toneladas por ano, atualmente produzindo cerca de 27 bilhões de litros (7 bilhões de galões) de etanol.

Os investidores estimam que a tecnologia de bagaço para etanol pode aumentar a produção de etanol do país em cerca de 40%, sem aumentar as áreas de cultura.

A Novozymes já realiza pesquisas com enzimas na conversão de bagaço para etanol celulósico, a fim de tornar o processo economicamente viável. As enzimas quebram os resíduos – como palha de milho, palha de trigo, lascas de madeira e bagaço de cana – que são fermentados para produzir o etanol. A Petrobras vem realizando pesquisas de conversão de bagaço de cana-de-açúcar em etanol por meio de processos bioquímicos desde 2006.