Mercado

Etanol: estudo revela que indústria brasileira é despreparada para expansão

O estudo “Mandatos de Biocombustíveis da União Europeia e dos Estados Unidos: Impactos sobre os mercados globais” acaba de revelar que a indústria brasileira não está preparada para a expansão do mercado de etanol que deverá ocorrer nos próximos dez anos. A pesquisa foi elaborada em parceria entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp).

Para o diretor-geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), André Nassar, um dos responsáveis pelo estudo, a indústria brasileira ainda não está enxergando o mercado de biocombustíveis que está se criando com a necessidade de redução de emissões de gases estufa, principalmente entre os países mais desenvolvidos.

O estudo trabalhou com uma previsão de que em 2022 os Estados Unidos precisarão de 9 bilhões de litros de etanol por ano e a Europa usará 6% de biocombustíveis na matriz de combustíveis líquidos.

Com a elevação das exportações, o executivo acredita que haverá um aumento do preço do etanol combustível no mercado interno. “Com o aumento da demanda externa, o setor sucroenergético deverá ampliar os investimentos”.

Mesmo assim, Nassar vê como um desafio expandir a produção de etanol sem provocar o crescimento das emissões de poluentes decorrentes da mudança no uso da terra.