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Simtec 2010: Sustentec debate o fim da queima de cana

Se não existisse o Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro Paulista, dos 7 milhões de hectares de cana de São Paulo, 3,8 milhões seriam queimados em 2014, o equivalente a 54,28% da lavoura. Mas com a criação do protocolo, e a adesão de grande maioria das usinas produtoras de açúcar e etanol, apenas 400 mil hectares (ou 5,71% da área plantada) serão queimados no estado. A afirmação foi feita por Daniel Lobo – assessor ambiental da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) – ontem (15/07), durante o 1º Seminário de Sustentabilidade do Setor de Açúcar e Bioenergia (Sustentec), evento que abriu o terceiro dia do Simtec 2010 (Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia e Energia Canavieira), na manhã desta quinta-feira, no Engenho Central, em Piracicaba.

“Em São Paulo, das 183 usinas que hoje estão produzindo açúcar e etanol 171 delas já são signatárias do Protocolo. Um ou outro produtor de açúcar ainda não aderiu ao documento”, destacou Lobo.

O Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro Paulista foi criado em 2007 para eliminar a queima da cana-de-açúcar até 2014. Durante sua palestra, Lobo falou sobre a emissão de efeito estufa evitada pela antecipação da mecanização, o estoque de gás de efeito estufa devido à formação de mata ciliar e a emissão mitigada da cogeração da palha.