Nesta segunda-feira (28), focos de incêndio numa plantação de cana-de-açúcar na região de Mirassol, no interior paulista, deram trabalho para o Corpo de Bombeiros. Uma fumaça escura cobriu o céu da região. Em pouco mais de meia hora, o fogo destruiu o canavial e ameaçou atingir casas em um bairro próximo.
Na semana passada, um incêndio também assustou moradores de um bairro de Fernandópolis, às margens da rodovia Percy Waldir Semeghini (SP-543). O fogo consumiu parte do canavial e a fumaça gerada dificultou a visibilidade na rodovia. A Polícia Ambiental está investigando as causas dos incêndios.
Se as usinas que cuidam das plantações de cana forem responsabilizadas, poderão ser multadas em até R$ 150 mil. Desde 1º de maio, as queimadas estão proibidas no Estado, das 6h às 20h. A medida vai até 30 de novembro e tem o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população, quando as condições atmosféricas estiverem desfavoráveis.
Em 2009, na região de Ribeirão Preto, no interior paulista, foram aplicadas 11 multas e duas advertências por não cumprimento da lei. Segundo determinação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, as queimadas também serão proibidas durante a noite caso a umidade do ar esteja abaixo de 20%.
No período de estiagem, do final do outono e meados da primavera, a umidade relativa do ar fica abaixo dos índices médios recomendados pela Organização Mundial da Saúde. Na safra passada, foram colhidos 27,5 mil hectares de cana-de-açúcar no município de Ribeirão Preto. Desse total, pelo menos 10,2 mil foram queimados.
A resolução nº 35, de 11 de maio de 2010, da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, é mais uma edição da restrição, que vem sendo imposta há alguns anos. Essa obrigação deve ser aplicada até 2017, por conta do Protocolo Agroambiental Paulista, que prevê o fim das queimadas no Estado.