O Brasil apresenta situação privilegiada em termos de utilização de fontes renováveis de energia, segundo estudo da Austin Asis Consultoria. De acordo com dados de 2009, 47,3% da Oferta Interna de Energia (OIE) é renovável no país, enquanto a média mundial é de 14% e nos países desenvolvidos apenas 6%. A OIE, também denominada de matriz energética, representa toda a energia disponibilizada para ser transformada, distribuída e consumida nos processos produtivos do País.
De acordo com a Consultoria, a indústria nacional produtora de energia a partir da biomassa é composta por 358 usinas, que são divididas de acordo com o tipo de insumo (biomassa) utilizado no processo de produção de energia. Atualmente as usinas nacionais de bioenergia utilizam seis tipos de biomassa no processo de geração de energia, são eles: bagaço de cana-de-açúcar; biogás; carvão vegetal; casca de arroz; licor negro; resíduo de madeira.
A matriz energética brasileira é bastante diversificada e, segundo dados de 2009, ela é constituída basicamente por 37,8% de petróleo e seus derivados, 32% de biomassa (sendo que, apenas os derivados da cana-de-açúcar representam 18,1% do total), 15,3% de energia hidráulica e 14,9% dividido entre gás natural, carvão mineral e urânio.
De acordo com o relatório, a expectativa é que o consumo de energia aumente em aproximadamente 46% no período entre 2009 e 2016, refletindo tanto a maior demanda doméstica por conta do consumo de bens duráveis, inclusive estimulado recentemente pelas isenções fiscais concedidas pelo governo federal. Há ainda o aumento dos gastos públicos para melhorar a infraestrutura logística para atender a mobilidade urbana do País com foco na ocorrência de dois grandes eventos na próxima década: Copa em 2014 e Olimpíadas em 2016.