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Transpetro e Asplan querem reforçar segurança dos gasodutos nos canaviais

Preocupados em aumentar a segurança dos 130 km de gasodutos que atravessam várias propriedades rurais da Paraíba, representantes da Transpetro participaram de uma reunião, nesta quarta-feira (05), na sede da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan).

Segundo a associação, há problemas causados pela imprudência de alguns proprietários de terra com as faixas destes gasodutos, o que pode ocasionar acidentes. Por isso, o objetivo do encontro foi propor parcerias para solucionar e alertar os produtores de cana da região sobre os riscos do plantio e transporte de carga próximos a esses dutos de gás natural. A reunião teve a participação da gerência da Malha Nordeste Setentrional, composta por Juliano Duarte e Roberto M. Dionísio, que são técnicos de faixa de dutos da Transpetro e Aroldo Vimeju, técnico de relacionamento da empresa, além de fornecedores, diretores e técnicos da Asplan.

Ao final do encontro, os representante da Transpetro se comprometeram em elaborar um mapeamento de propriedades produtoras de cana-de-açúcar em que os gasodutos passam, assim como realizar palestras com produtores associados da Asplan em reuniões promovidas pela entidade. “A Asplan é uma associação que pode contribuir diretamente com nosso trabalho, pois detêm o conhecimento do histórico do proprietário de terra ou seus arrendatários. Precisamos conversar tanto com proprietários, como com os arrendatários, pois se o arrendatário comete irregularidades quem responde é o proprietário. Queremos educar os dois sobre os perigos”, explica o técnico de faixa de dutos, Juliano Duarte.

Na Paraíba, os dutos de gás natural mais expressivos localizam-se nos municípios de Jacaraú, Mamanguape, Santa Rita, Pedras de Fogo, Capim, Rio Tinto e Alhandra. Segundo a gerente administrativa da Asplan, Hedionara Kiony, a entidade vai realizar ações para disseminar as informações de segurança para os seus associados.

Sobre os gasodutos

Os dutos são faixas de solo, que se assemelham a pequenos caminhos de 10 a 12 metros de largura onde ficam enterrados os dutos que transportam gás natural, até os consumidores. Essas faixas precisam ser preservadas, pois elas representam uma margem de segurança. Os dutos são instalações, semelhantes a tubulações de aço carbono que transportam petróleo, derivados ou gás natural. Como os dutos ficam enterrados a aproximadamente um metro de profundidade da superfície da faixa de solo, as plantações e o tráfego de veículos pesados, com mais de oito toneladas, podem danificar as estruturas dos dutos. “Cada região possui configurações de dutos diferentes que obedecem as irregularidades de cada solo. As plantações de cana e suas máquinas de aragem, e até as raízes podem se aprofundar demais e danificar os dutos causando vazamentos e incêndios”, explica Roberto Dionísio, técnico da Transpetro.