O gerente de Desenvolvimento Estratégico do CTC – Centro de Tecnologia Canavieira, William Burnquist, foi eleito este ano Vice-Chairman do Comitê Executivo da ISSCT – International Society of Sugar Cane Technologists, entidade criada em 1924 que congrega sociedades de técnicos canavieiros de 23 países e conta com a filiação de 1,2 mil técnicos de 60 nações.
Engenheiro agrônomo, mestre e phD em melhoramento genético de plantas, Burnquist possui hoje o status não oficial de embaixador do desenvolvimento varietal no mundo, tamanha sua competência no assunto. Ele foi, ainda, um dos principais articuladores para trazer o Congresso da ISSCT ao Brasil, em 2013. O evento trienal foi realizado este ano em Veracruz, no México. Em entrevista ao JC, o especialista fala sobre a importância do congresso e sobre o setor sucroenergético brasileiro.
JornalCana – Como foi a articulação para trazer o Congressso do ISSCT para o Brasil?
Willian Burnquist – O ISSCT é representada no Brasil pela Sociedade de Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (Stab). No congresso de março, no México, a Stab apresentou a proposta de realizar o evento de 2013 no Brasil. A executiva e os conselheiros do ISSCT acolheram muito bem a ideia, por reconhecer a experiência da STAB em realizar eventos desta natureza, além do grau de desenvolvimento tecnológico da indústria canavieira brasileira. O setor passa por um momento de significativa expansão, com grandes investimentos em fusões e aquisições e também na área de pesquisa e desenvolvimento, com o surgimento de novos participantes nacionais e estrangeiros. Esses fatos aguçaram o interesse dos associados ao ISSCT em realizar o próximo congresso no País.
Como foi a participação do Brasil no ISSCT do México?
Foi significativa, tanto na parte científica, como na comercial. A APLA e Apex possibilitaram a participação de muitas empresas brasileiras no trade show associado ao Congresso. Nos estandes destas empresas, técnico de mais de 30 países puderam conhecer alguns dos produtos e tecnologias utilizadas pela indústria canavieira do Brasil. Na parte técnica, mais de 15 trabalhos científicos foram apresentados por pesquisadores brasileiros. Também foi significativa a participação do País na sessão de posters do evento.
(veja a entrevista completa na edição 196, abril 2010, do JornalCana)