A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) reformulou seus principais contratos agropecuários, entre eles, açúcar, álcool, soja, algodão e milho. O objetivo é atrair os investidores estrangeiros e dar maior agilidade aos negócios.
A bolsa também está lançando dois novos contratos: de café robusta e bezerro.
As alterações nos contratos de açúcar e álcool foram feitas para atender às necessidades do mercado. Relançados oficialmente ontem, os contratos de açúcar não vão ter mais os impostos na cotação, o que incluía ICMS, IPI, Pis/Pasep e Cofins. O exportador deve assinar “Carta de Faturamento de Exportação”. Outra mudança é na especificação da sacaria, que muda de simples para dupla, que é padrão internacional. Essas mudanças visam aproximar o preço negociado na BM&F ao valor de exportação, afirma Felix Schouchana, diretor de agronegócios da BM&F.
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Os meses de vencimentos dos contratos de açúcar foram alterados para fevereiro, abril, julho, setembro e novembro, além do menor período de apresentação do aviso de entrega, de 13 para 5 dias. Pelos contratos antigos, a entrega era programada para os meses de março, maio, agosto, outubro e dezembro. Pelo contrato novo, o vencimento é o sexto dia útil do mês. Pelo antigo, era do décimo quinto dia do mês anterior ao vencimento.
“Os novos contratos devem atrair os estrangeiros e as tradings”, assegura Júlio Maria Martins Borges, diretor da JOB Economia e Planejamento.
Nos contratos de álcool, os impostos do contrato do álcool carburante também foram retirados. Mas, no caso de entrega física do produto, as tarifas serão novamente acrescidas, assim como as do açúcar, de acordo com a legislação tributária. Os vencimentos desses contratos serão em todos os meses do ano, permitindo assim que os preços fiquem mais próximos aos praticados no mercado.
O objetivo deste contrato de álcool é permitir que o preço futuro da BM&F sirva de referência para os contratos de fornecimento entre usinas e distribuidoras. Também para dar maior estímulo ao uso das CPRs de álcool.
