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Setor reage a crítica de Lula

JC 193 – “Se quisermos fazer do etanol a matriz energética deste País, precisamos ter seriedade”. A frase do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante evento que marcou a assinatura de convênio entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em 25 de janeiro último, foi claramente endereçada aos produtores de álcool. Lula criticou os recentes aumentos dos preços do etanol, o que tornou o biocombustível da cana uma opção menos favorável do que a gasolina nos postos da maioria dos Estados do Brasil.

Os empresários, por sua vez, já haviam justificado o aumento de preços do etanol, atribuindo-o ao excesso de chuvas que atrapalhou a colheita de cana e resultou na redução da oferta do combustível. Com os preços do biocombustível em alta, na última semana de janeiro, abastecer os veículos com etanol só valia a pena no estado do Mato Grosso.

Lula criticou principalmente o aumento na produção de açúcar em detrimento do biocombustível da cana. No entanto, a Unica – União da Indústria da Cana-de-Açúcar, em reunião com a cúpula ministerial do Governo, negou que o aumento do preços do etanol tenha relação com a estratégia de comercialização do açúcar.

Em 2007, o presidente brasileiro chegou a chamar os usineiros de herois, num discurso feito em Mineiros, GO. “Os usineiros estão virando herois nacionais porque todo mundo está de olho no álcool, que agora tem uma política séria”, disse Lula. Hoje, com discurso diferente, Lula coloca em dúvida a seriedade dos empresários produtores de açúcar, etanol e energia do País.

Leia mais na edição 193 do Jornalcana.

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