Falta pouco para que os preços internacionais do açúcar supere de vez a barreira dos 30 centavos de dólar por libra-peso, na bolsa de Nova York, segundo analistas de mercado. A commodity já atinge a maior alta dos últimos 29 anos. As cotações superaram os 30 centavos na segunda-feira, dia 25, mas voltaram a recuar.
Os fundamentos apontam para o rompimento desta barreira, embora as condições atuais estejam “sobrecompradas”, com os futuros mais do que sujeitos a correções técnicas baixistas no curto prazo, segundo a agência Safras&Mercado.
Mas, mesmo nos maiores níveis desde 1981, o açúcar segue com uma boa demanda, enquanto que as produções menores do que as esperadas no Brasil e na Índia, associadas com as firmes importações por parte da Indonésia, Paquistão, Egito e outros países deverão continuar alimentando o apetite dos operadores altistas.
No mercado interno nacional, os compradores estão bastante retraídos, enquanto que as usinas demonstram uma certa indecisão diante do cenário incerto que permeia as projeções de curto prazo para os preços internacionais e também para o dólar comercial, segundo a Safras.
Mas, na quinta-feira, diante da valorização de todos os referenciais, os preços voltaram a subir. Os operadores estão indicando preços de R$ 71,50 a R$ 72,00/saca de R$ 50 quilos de açúcar cristal na região de Ribeirão Preto (SP).
Para o analista da Safras,Miguel Biegai, o açúcar cristal vai trilhando um caminho rumo aos R$ 75,00 por saca, talvez para o curto prazo, caso persista a declarada tendência de alta no mercado externo e também a valorização do dólar. “(A Bolsa de) Nova York segue renovando máximas históricas incansavelmente”, lembra Biegai.