A colheita 100% mecanizada crua não é o único diferencial da mais nova usina do Grupo Colombo – unidade III de Santa Albertina (SP). As inovações contemplam o meio ambiente, o campo e a indústria. Lançada em 27 de maio deste ano, produz exclusivamente álcool hidratado, possui moenda elétrica, novidades no vapor de escape e sistema exclusivo de armazenamento de bagaço.
A Santa Albertina tem capacidade de esmagar 10 mil toneladas/dia de cana e deverá processar nesta safra, prevista para se encerrar até a primeira semana de novembro, 70 milhões de litros de etanol.
Segundo o diretor industrial, Sérgio Colombo, a unidade foi projetada com o momento de expansão do setor e com expectativa de superação da crise mundial. “Sempre acreditamos no setor e o Etanol certamente terá sua participação no consumo mundial, como combustível verde”.
A fábrica de açúcar deverá entrar em operação em 2011 com capacidade diária de 25 mil sacas de açúcar branco. “A previsão para os próximos anos é atingirmos 3 milhões de ton de cana/safra, já com açúcar no mix de produção”.
Uma grande inovação é a instalação de um preparo elétrico de 84″ e moenda de 4 ternos 42×78″, 100 % eletrificados, com lay out compacto, dispostos com redutores planetários em cada eixo de moenda, acionados por motores elétricos. “A instalação é enxuta e de fácil operação. Como pensamos em cogerar, a moenda elétrica oferece uma eficiência maior. Para 2012 será possível cogerar no início, 12 MW/h”, explica Sérgio Colombo.
A planta trabalha com vapor de escape em 2,5 kgf/cm2 manométrico, para ajudar no balanço hídrico, algo novo no setor. “Com isso, geramos menos vinhaça por litro de álcool e a água condensada nos aparelhos de destilação, alimentam nosso sistema hídrico, o chamado condensado de V1”, lembra.
Outro diferencial está no sistema de armazenamento de bagaço. O subproduto é utilizado na cogeração de energia e o restante, fica armazenado em local protegido com curvas impermeabilizadas para evitar formação de chorume.
“Hoje estamos enfardando o bagaço para otimizar espaços, melhorar a preservação do seu poder calórico e atender normas futuras. É um avanço”, afirma. A produção de bagaço é de 1800 toneladas/dia e o consumo é de 1500 ton/dia.
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