A mecanização da colheita de cana tem avançada de maneira significativa no País. O lançamento de novas colhedoras está contribuindo para a obtenção de resultados cada vez mais positivos nessa atividade. A elevação da eficiência do corte mecanizado depende, no entanto, da sistematização adequada da lavoura. A qualidade desses procedimentos ainda não é avaliada como satisfatória, em diversos casos, por especialistas da área que reconhecem, no entanto, que está ocorrendo uma evolução.
O resultado varia, na verdade de usina para usina. Existem colhedoras trabalhando em condições difíceis se forem considerados fatores, como preparo do solo, adequação da área e manutenção correta, de acordo com o presidente da Santal Equipamentos, de Ribeirão Preto, SP, Arnaldo Adams Ribeiro Pinto.
Na avaliação dele, boa parte da área de cana – em torno de 70% – ainda não está preparada para o corte mecanizado
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Segundo o presidente da Santal, algumas usinas colocam máquinas para colher em áreas que tinham o corte manual, sem que tivesse sido realizada a sistematização do canavial. Essa situação dificulta o trabalho da colhedora, gerando perda de tempo e queda no rendimento. Ele observa que existem casos de utilização de máquinas em canaviais que apresentam uma produtividade de 45 toneladas por hectare (TCH), o que proporciona um rendimento da colhedora de 300 toneladas de cana colhida por período de 24 horas.
Em novas áreas de cana, que foram totalmente mecanizadas, as plantações apresentam uma produtividade de até 140 TCH. Arnaldo Ribeiro Pinto diz que somente esse aspecto pode ser responsável por triplicar o rendimento da máquina que chegaria então a 900 toneladas de cana. Ele alerta que a colheita mecanizada pode se tornar uma operação cara sem a adoção de medidas adequadas em relação à sistematização da área e alocação de variedades. Para que o setor mude essa situação, é necessário fazer planejamento que é um dos itens mais baratos do processo de produção agrícola, conforme o presidente da Santal.
