Este segundo semestre promete ser menos nebuloso para o setor sucroenergético. Aos poucos, parte das usinas começa a retomar seus investimentos, respaldadas pela forte elevação dos preços do açúcar no mercado internacional.
Apesar das linhas de crédito ainda escassas, algumas usinas começam a consultar as indústrias de equipamentos para tocar projetos engavetados durante a crise financeira global. Mesmo que ainda sejam consultas, há boas indicações de que o cenário pode mudar para o setor.
Companhias, como a Sermasa, de Sertãozinho (SP), já começaram a receber consultas sobre projetos que tinham sido adiados. “Usinas que tinham projetos postergados já pediram para atualizar os preços para futuro investimento”, disse João Rossigali, diretor-comercial da empresa.
Esse movimento, ainda em ritmo lento, dá mostras que parte das usinas pode dar andamento a aportes congelados durante a crise.
A Brumazi, também de Sertãozinho, voltada soluções industriais na área sucroenergética, está presente em todas as etapas da construção de um projeto “greenfield” (construção de uma usina a partir do zero), de acordo com seu presidente Marcos Fávero.
“Estamos na busca incessante para disponibilizarmos ao mercado sucroenergético plantas completas, conhecidas como “turn key”, uma vez que possuímos know how de montagens de moendas ou difusores com tecnologia testada e aprovada em mais de 25 unidades industriais.”
A Aratrop, de Jardinópolis, que desenvolve tecnologia específica para a produção de açúcar e álcool, registrou nos três primeiros meses da safra 2009/10 resultado satisfatório em seus negócios, segundo Vagner Degan, diretor-presidente da companhia.
Degan acredita que este segundo semestre deverá ter o mesmo desempenho que o mesmo período do ano passado. Em se tratando de um período de turbulência global, repetir o desempenho pode ser um bom negócio.