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Executivos da americana Virent buscam parcerias no Brasil

Executivos da Virent, empresa norte-americana líder em tecnologias para conversão de açúcares em combustíveis e produtos químicos, estiveram no Brasil, no final em abril, em busca de parcerias com empresários do setor sucroenergético nacional.

O grupo visitou a sede da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), no dia 28 de abril. O vice-presidente executivo da Virent, Randy Cortright, e o vice-presidente de negócios, Gregory Keenan, apresentaram a empresa ao presidente da Unica, Marcos Jank.

A relações institucionais da entidade, Carolina Costa, os empresários Antonio Carlos Previte (Usina Ferrari), Hermínio Ometto Neto (Usina São João de Araras), Luciano Sanches Fernandes (Usina Cerradinho) e o diretor superintendente do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Nilson Boeta, também participaram da reunião.

De acordo com o consultor de emissões e tecnologia da Unica, Alfred Szwarc, o açúcar está se mostrando cada vez mais uma matéria-prima de utilidade não apenas nutricional. Pode ser usado para produção de plásticos, como o caso do PHD feito pela Usina da Pedra, em Serrana, SP, que é biodegradável, bem como para a produção de combustíveis.

Com o açúcar cristalizado da cana, o caldo e o xarope, é possível produzir desde gasolina até gases de petróleo passando por produtos similares ao diesel e querosene de aviação. “Essa é nossa primeira visita ao Brasil. Viemos para aprender mais sobre o País, mas também entrar em contato com os donos de empresas sucroenergéticas para mostrar nosso projeto, e eventualmente, conseguir sua colaboração”, afirmou Cortright.

De acordo com o executivo, a idéia da Virent é alocar uma parte da pesquisa da empresa para o Brasil ou até, possivelmente, construir uma nova usina e um novo processo de produção em comunhão com empresas do setor.

Segundo Cortright, a escolha de possíveis parcerias com o Brasil se deu porque a empresa acredita que o País tem o método mais eficaz de produção de açúcar no mundo. “Isso acontece tanto do ponto de vista do custo de produção quanto do uso da terra”, disse.