A LDC Bioenergia, empresa brasileira do grupo Louis Dreyfus Commodities, inaugurou, na manhã de ontem (21), uma nova usina de açúcar e etanol em Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul. A empresa investiu R$ 700 milhões na planta greenfield.
A unidade deve processar 4,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar a partir de 2009. A capacidade inicial é de 3 milhões de toneladas. A usina produzirá 340 mil toneladas de açúcar por ano e 160 mil m³ de etanol.
Com essa inauguração, a LDC Bioenergia passa a contar com oito unidades industriais em operação, localizadas nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste do País. Todas as instalações da empresa têm capacidade para processar 20 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, gerando aproximadamente 1,1 mil toneladas de açúcar e 950 mil m³ de etanol por ano.
A LDC Bioenergia já possui outras duas fábricas na região da nova usina, em Rio Brilhante e Maracaju. “No Centro-Oeste, ainda há disponibilidade de terra agrícola, o que é uma vantagem competitiva. Também constatamos que tanto o conteúdo de sacarose como o rendimento da produção de cana no Mato Grosso do Sul – cerca de 90 toneladas por hectare por ano – são semelhantes aos de São Paulo” afirma o presidente da LDC Bioenergia, Christophe Akli.
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A usina conta com equipamentos fabricados no Brasil, entre eles, a maior moenda instalada no País, com capacidade para processar 27 mil toneladas de cana-de-açúcar por dia, além de duas caldeiras de alta pressão que geram 250 toneladas de vapor/hora. A unidade possui dois armazéns com capacidade para 100 mil toneladas de açúcar cada e quatro tanques de 20 mil m³ de etanol cada.
O sistema industrial é acionado e controlado por computadores. De acordo com os diretores da empresa, Rio Brilhante consome metade da energia de uma usina convencional. A água utilizada na produção é captada em poços profundos, sem alteração dos recursos hídricos superficiais. Os efluentes são tratados e reaproveitados na irrigação dos canaviais.
A usina é auto-suficiente em energia elétrica, com potência instalada de 90 MW, suficiente para uma produção anual de 425 mil MW/h de energia, dos quais 200 mil MW/h – o equivalente a uma cidade de até 600 mil habitantes – podem ser vendidos ao sistema. A energia do bagaço é gerada por duas turbinas e dois eletrogeradores, que transformam o vapor em energia mecânica e, posteriormente, em eletricidade.
A LDC Bioenergia possui 50 mil hectares de cultivo de cana, em parceria com produtores locais. De acordo com Akli, “o cultivo na região otimiza a utilização do solo, já que substitui a pecuária extensiva por uma produção intensiva de maior valor agregado”. O plantio e a colheita são 100% mecanizados. A usina deve gerar 1,5 mil empregos diretos e 3,5 mil indiretos.
