A Asplan (Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba) participa hoje (29), das 9h às 17h, em Brasília, DF, de mais uma reunião para discutir a operacionalização do Prêmio Equalizador Pago ao produtor (PEPRO) para a cana-de-açúcar e também o processo de inclusão da cultura canavieira na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).
O encontro, que também contará com representantes de produtores de outros estados do Nordeste, será com técnicos da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento do Ministério da Agricultura). Os produtores independentes de cana-de-açúcar estão recebendo preços até 50% inferiores aos custos de produção no Nordeste, o que reforça a urgência de inclusão da cana na PGPM.
De acordo com o presidente da Asplan, Raimundo Nonato Siqueira, os encontros mensais têm mostrado resultados satisfatórios. “A expectativa é muito positiva. Nesse encontro iremos analisar quais as alternativas vigentes, em curto e médio prazos, que possibilitem a superação dos prejuízos causados aos produtores canavieiros do Nordeste, com o baixo preço de comercialização da cana-de-açúcar nas últimas safras”, disse.
De acordo com o deputado federal Joaquim Beltrão, que tem defendido os interesses dos produtores da região, o Governo continua fazendo avaliação técnica para determinar um preço único para todo o Nordeste. No entanto, segundo ele, há um receio dos plantadores de que a falta de definição venha prejudicar a próxima safra da região, que começa em agosto.
O preço mínimo da cana-de-açúcar é definido a partir da quantidade de recursos disponíveis do governo para bancar este programa. Há uma expectativa de contemplar cerca de 20 milhões de toneladas de cana por safra na região Nordeste, volume esse que equivale à produção dos fornecedores da região, permitirá garantir a próxima safra.
A comercialização da produção, sempre que o preço de mercado ficar abaixo do valor de referência, será feita através de leilões na modalidade do Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor). Essas negociações serão feitas nas bolsas de mercadorias em pregões coordenados pela Conab. “É necessário que as Cooperativas de Plantadores se organizem, porque devem comercializar sua produção através de uma única cooperativa. Essa é uma orientação do Ministério da Agricultura”, disse Beltrão.