O consumo de álcool combustível no Centro-Sul do país está aquecido, segundo levantamento da Datagro. A média do consumo mensal de álcool combustível está em torno de 1,8 bilhão de litros, 80% mais em relação há dois anos.
Segundo Plinio Nastari, a produção de álcool no Brasil deverá alcançar 26,71 bilhões de litros na safra 2008/09, um crescimento de 19,2% sobre a safra anterior. No Centro-Sul, a oferta será de 22,4 bilhões de litros e o Nordeste responderá por 2,2 bilhões de litros.
As exportações brasileiras de álcool também terão um forte salto e estão estimadas em 4,8 bilhões de litros. Na safra passada, os embarques ficaram em 3,46 bilhões de litros. Os Estados Unidos serão o principal mercado para o álcool brasileiro, respondendo por dois terços dos volumes exportados.
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A combinação de boa demanda interna e externa, contudo, não tem se refletido em boas margens para as usinas. Atualmente, o setor trabalha no vermelho. Os custos de produção estão em R$ 0,71 o litro do hidratado. Mas no varejo o combustível está cotado em R$ 0,63.
Nastari observa que o mercado de álcool vive uma alta sazonalidade de preços, como reflexo de falhas na comercialização. A falta de hedge nas bolsas internacionais e BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) e uma política de estocagem poderiam ser implementadas para tentar evitar a forte queda nos preços durante a colheita e o pico de alta durante a entressafra.
