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Ônibus coletivo movido a etanol é testado em São Paulo

O ônibus coletivo movido a etanol, que desde dezembro de 2007 circula na capital paulista, em caráter experimental, das 5h30 às 8h, passará a ser usado em tempo integral. O veículo vai atender os terminais do Corredor Metropolitano São Mateus-Jabaquara, com passagem nos municípios de Diadema, Santo André e São Bernardo do Campo.

O ônibus faz parte do projeto Best (BioEthanol for Sustainable Transport), que incentiva o uso do etanol em substituição ao diesel no transporte público urbano de vários países. No Brasil, o programa é coordenado pelo Cenbio (Centro Nacional de Referência em Biomassa), localizado no Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP.

O Best brasileiro custou cerca de R$ 1,6 milhão, entre combustível, importação e distribuição. O valor é pouco superior ao custo de fabricação e operação de ônibus comuns. Alguns componentes do veículo-piloto são importados. A sueca Sekab é a única empresa que produz o aditivo usado neste tipo de motor, que também é importado.

A vantagem do novo ônibus é ambiental. O “ecobus” emite 90% menos material particulado, 62% menos óxido de nitrogênio, principal causador da chuva ácida e do efeito estufa (N2O), além de não emitir enxofre.

O número de ônibus ecologicamente corretos em São Paulo deverá ser ampliado. Testes com outros 10 veículos movidos a etanol deverão ser iniciados ainda este ano para engrossar a frota de 15 mil coletivos que circulam em São Paulo.

O projeto conta com o apoio das suecas Baff, Sekab e Scania, e das brasileiras Copersucar, EMTU/SP (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), Marcopolo, SPTrans, Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) e Petrobras.

O Best realiza testes em outros sete países. Os ônibus equipados com motor Scania, empresa detentora da tecnologia do motor a etanol, circulam em Estocolomo (Suécia), Madri, País Basco (Espanha), Rotterdam (Holanda), La Spenzia (Itália), Somerset (Inglaterra), Nayang (China) e Dublin (Irlanda).