Mais de mil indústrias da região de Ribeirão Preto serão beneficiadas pela redução de 17,34% a 21,92% no valor da energia elétrica fornecida pela CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). A medida, aprovada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), entrou em vigor nesta terça-feira (8).
Segundo a Aneel, os ganhos operacionais e de produtividade obtidos pela concessionária paulista desde 2004 motivaram a redução. A revisão tarifária, feita de quatro em quatro anos, busca equilibrar as tarifas com os custos das empresas fornecedoras.
A decisão foi um alento para o presidente do Centro das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro (Ceise-BR), Mário Garrefa, que liderava desde janeiro uma campanha contra a decisão da CPFL de interromper os contratos especiais para venda de energia elétrica mais barata aos grandes consumidores.
Apesar da pressão do Ceise-BR, que teve apoio maciço de empresários da região, Fiesp e Ciesp, a CPFL manteve a posição de pôr fim aos 876 contratos especiais firmados com as indústrias. Alguns deles foram assinados em dezembro de 2007, menos de um mês antes da decisão. Com isso, desde o dia 14 de janeiro, as empresas estão pagando 128,57% a mais pela energia elétrica.
Residencial
A redução da tarifa para o consumidor residencial da região de Ribeirão Preto será de 18,18%. A decisão vai beneficiar uma população de 7,2 milhões de pessoas em 234 municípios no interior do estado de São Paulo. Ao todo, cerca de 3,3 milhões de imóveis, entre residenciais, comerciais e industriais serão beneficiados com a medida.
Este é o segundo cálculo de revisão de tarifas feito pela Aneel e pela primeira vez houve queda no preço da energia elétrica para a CPFL Paulista. Em Minas Gerais houve redução média de 12,24% nas tarifas da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Para clientes residenciais a redução será de 17,11%. Para a indústria mineira, a conta de luz vai cair de 7,97% a 13,85%.
Já a Ampla, responsável pela energia no Interior do Estado do Rio de Janeiro, segue no caminho inverso e vai reajustar as tarifas com aumento médio de 12%. As perdas financeiras em operações no mercado livre motivaram o aumento dos preços.