A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) informaram ontem que estão fazendo uma força-tarefa para promover a imagem do etanol à base de cana no mercado internacional.
As duas entidades assinaram na sede da Unica um convênio que prevê investimentos conjuntos no valor de R$ 16,5 milhões até o final de 2009.
Segundo Marcos Jank, presidente da Única, os mercados-alvo são países da América do Norte, Europa e Ásia. O primeiro escritório de representação do setor já foi instalado pela Unica nos Estados Unidos, em Washington, e é considerado estratégico para a atuação junto ao governo americano e aos formadores de opinião. O segundo deverá ser instalado em Bruxelas, e o terceiro em um país do leste asiático, a ser definido.
Já no início de março, o projeto estará presente em dois importantes eventos mundiais. A Washington International Renewable Energy Conference (WIREC 2008) vai reunir, de 3 a 7, nos Estados Unidos, mais de cinco mil participantes entre representantes governamentais, da sociedade civil e do setor privado de diversos países para discutir o futuro das energias renováveis.
Na Europa, o tema será discutido durante o World Biofuels Markets Congress, em Bruxelas, de 12 a 14 de março.
Nos dois eventos, representantes da Unica promoverão o etanol brasileiro em apresentações nas conferências e nos stands do projeto montados nos pavilhões de exposições. A participação nos eventos será uma oportunidade de divulgar as vantagens comparativas da produção de etanol a partir de cana-de-açúcar e realizar contatos com o intuito de expandir a interação da associação com formuladores de políticas e representantes do mercado internacional.
Por meio de ações de relações públicas, o convênio poderá influenciar o processo de construção de imagem do etanol brasileiro junto aos principais formadores de opinião mundial – governos e meios de comunicação, bem como empresas de trading, potenciais investidores e importadores, ONGs e consumidores. O projeto prevê também a participação ativa da Unica na formulação das políticas públicas relativas ao setor e na discussão de temas como acesso de mercado e certificação de biocombustíveis.
“A demanda mundial por biocombustíveis é crescente e o etanol brasileiro produzido com cana-de-açúcar se destaca como a alternativa mais viável, com vantagens comparativas e competitivas frente ao milho, trigo, beterraba e outras matérias primas”, ressalta o presidente da Apex-Brasil, Alessandro Teixeira. “O Brasil hoje produz um terço do etanol mundial, com o menor custo de produção, maior eficiência na redução das emissões de gases poluentes e elevado potencial para expansão da produção. Precisamos mostrar isso ao mundo”, complementa.
“Nossa prioridade é consolidar o etanol como commodity energética global na área dos combustíveis, por meio da ampliação da produção, do consumo e do comércio do produto. É fundamental estimular o crescimento da produção e consumo de etanol no maior número de países, apoiando mecanismos mandatórios de mistura e estabelecendo padrões universais para o produto”, disse Jank.