A euforia e a “explosão” de negócios já podem não ser as mesmas. Mas,
a inquestionável expansão do setor sucroalcooleiro, principalmente no Oeste Paulista, continua abrindo portas e gerando oportunidades. Nem a crise momentânea de preços de açúcar e álcool – registrada na última safra – está impedindo o avanço do setor sucroalcooleiro
na região. Uma das maiores preocupações, no momento, é consolidar conquistas, conciliando crescimento quantitativo com o qualitativo. Há diversos movimentos e atitudes que estão impulsionando diferentes áreas para saltos de qualidade.
Com a finalidade de garantir boa performance nos dias de hoje e nas próximas jornadas, uma verdadeira “corrida”, no Oeste Paulista, prepara “atletas” para o campo e a indústria. No comando desta maratona está a União dos Produtores de Bioenergia (Udop), que é a líder mundial em formação de profissionais para o setor sucroalcooleiro, segundo o próprio presidente da entidade (e da Usina Equipav), José Carlos Toledo. Para garantir e elevar a competitividade, as usinas e destilarias começam a se preocupar
com a otimização da produção. Entre as estratégias, para que isto ocorra, estão o estudo, o planejamento e a efetivação de investimentos em geração e cogeração de energia. Para obter resultados cada vez mais expressivos, inclusive no exterior, a agroindústria canavieira do Oeste Paulista discute e articula, ainda
que timidamente, a melhoria da logística. Até mesmo o modal ferroviário está sendo estudado como alternativa para escoamento da safra. A Transpetro planeja um alcolduto, que transportaria o etanol da região para outros mercados. Esse e outros temas, como o zoneamento e a expansão sustentada do setor, a cooperação técnica e comercial no segmento de álcool entre Brasil e China, a questão da responsabilidade socioambiental dão o tom da Feicana/Feibio 2008 – Feira de Negócios do Setor de Energia, programada para Araçatuba, de 26 a 28 de fevereiro.
Em meio a toda agitação e inquietação – gerada pelas incertezas do
mercado -, a região vai sendo contemplada por uma extensa agenda de
inaugurações. Para 2008, está previsto o início de funcionamento de pelo menos sete novas unidades produtoras: a Biopav, do Grupo Equipav, em Brejo Alegre; a Vale do Paraná, do Grupo Unialco, em Suzanápolis; a Everest, do Grupo J. Pessoa, em Penápolis; a Figueira,
do Grupo Aralco, em Buritama; a Ipê, do Grupo Da Pedra, em Nova Independência, a Ouroeste, e a Da Mata, da Grendene, em Valparaíso.