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Etanol fará parte da agenda das principais exportações do Brasil

O etanol brasileiro deve integrar, nos próximos anos, a seleta lista de produtos líderes em exportação no Brasil, juntamente com a carne e a soja. A produção de etanol projetada para 2018 é de 41,6 bilhões de litros, mais que o dobro da produção de 2007.

O consumo interno para o mesmo período está previsto em 30,3 bilhões de litros e as exportações em 11,3 bilhões de litros.

Esses dados fazem parte do estudo “Projeções do Agronegócio Mundial e do Brasil de 2006/2007 a 2017/2018”, divulgado ontem, dia 9, em Brasília, pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

O trabalho, elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Mapa, mostra que, além do etanol, o algodão, milho, trigo, feijão, mandioca, açúcar e soja também apresentarão elevados acréscimos de produção no período.

Segundo o ministro, as projeções consideraram que a demanda mundial por alimentos deve duplicar, ainda na primeira metade deste século, por conta inclusive do aumento de consumo nos países asiáticos.

Elaborado para desenvolver o planejamento estratégico do Mapa, o trabalho se baseia em informações e estudos prospectivos de entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e sua representação para Agricultura e Alimentação (FAO), a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), IBGE, Conab, Ipea, entre outras, além de projeções compiladas pelo Mapa/AGE.

O estudo indica que a liderança na ocupação de novas áreas deve ocorrer com a lavoura canavieira, cujo aumento esperado é de 66,6%. Em 2017/18, a área necessária para a produção de açúcar e álcool será de 10,3 milhões de hectares.

Isso representa um acréscimo de 4 milhões de hectares em relação à área atual, de 6,2 milhões de hectares. O ministro lembrou que o Brasil vai adotar regras para o plantio da cana, por meio do zoneamento partir do segundo semestre de 2008.