Apesar da previsão de aumento de produção de cana na safra 2007/08 em Pernambuco, empresários do setor sucroalcooleiro daquele Estado estão preocupados com a falta de áreas para ampliação das culturas. Por conta disso, estão investindo em pesquisa para garantir aumento de produtividade.
A produtividade média da região é de 57 a 60 toneladas de cana-de-açúcar por hectare, volume inferior à média dos estados do Sul e Sudeste, regiões onde são produzidas de 75 a 80 toneladas de cana por hectare.
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco, Renato Cunha, as usinas de Pernambuco e da Paraíba investem R$ 500 mil por ano em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco e a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento Sucroalcooleiro (Ridesa) que coordena o Programa de Melhoramentos Genético da Cana-de-Açúcar no Brasil, a fim de assegurar o plantel genético.
Outras importantes parcerias vêm sendo estabelecidas como é o caso da do convênio com o Cetene – Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste, que prevê o aproveitamento da biomassa da cana-de-açúcar para produzir etanol, usando também a palha da cana.
A parceria, baseada nos modelos já desenvolvidos com o IAC – Instituto Agronômico de Campinas e com o CTC – Centro de Tecnlogia Canavieira, prevê a transferência de tecnologia que irá atender ao Nordeste e pode sair até o final de janeiro.
As linhas de pesquisas buscam o desenvolvimento de técnicas de fermentação alcoólica que dariam maior rendimento ao etanol, além da irrigação em áreas de declive e a extração de etanol a partir da celulose.