JC 166 – A otimização energética tem sido um fator estratégico no desenvolvimento de equipamentos, sistemas e plantas industriais para unidades produtoras de etanol. “Para novas instalações ou para as já existentes, o projeto para destilarias, desidratadoras ou para concentração de vinhaça leva em conta as condições de vapor e
pressão disponíveis na planta”, afirma Marcelo Taparelli,
diretor-superintendente da Sermatec, de Sertãozinho, SP. O diretor da Proeng – empresa de engenharia, de Jaboticabal, SP – João Luiz França, diz que a otimização, nessa área, abre caminhos para tecnologias como o sistema de destilação à vácuo que apresenta
melhor eficiência energética quando comparado às colunas
convencionais.
“Uma forma de se conseguir ganhos no processo de destilação em unidades produtoras, é manter o teor alcoólico no processo fermentativo em condições adequadas, minimizando o consumo de vapor para o processo”, ressalta João França. Segundo ele, a Proeng tem
se preocupado seriamente com a eficiência industrial em seu trabalho. “Entre os quinze projetos de novas unidades que estão sendo elaborados atualmente, o conceito de otimização energética e industrial já nasce no momento do planejamento da planta, ou seja, as novas unidades surgem com uma visão diferente do que se encontra no mercado”, revela. Ele observa que as plantas mais antigas tendem inclusive a acompanhar o desenvolvimento tecnológico.
A questão da economia de vapor tem sido um aspecto decisivo para a escolha do processo de desidratação de etanol. “A peneira molecular e o mono etileno glicol (MEG) possuem baixos consumos e otimizam significativamente o balanço energético de uma planta industrial, aumentando o potencial de cogeração de energia elétrica”, opina o diretor da Proeng. A economia de vapor é um dos fatores que tem contribuído para abrir as portas para uma nova tecnologia de desidratação alcoólica: a pervaporação, conhecida também como
membrana molecular. “Esse sistema não usa produtos químicos. Por isso, produz um anidro com elevado grau de pureza, criando condições para o atendimento das exigências do mercado internacional”, afirma João Fogaça, diretor da J. Fogaça Equipamentos Industriais e
Assessoria, de Ribeirão Preto, SP.