A Índia e a Tailândia provavelmente exportarão mais açúcar em 2008, compensando o declínio previsto para as vendas externas do Brasil e aumentando a probabilidade de uma queda nos preços, segundo a C. Czarnikow Sugar Ltd., a maior corretora mundial de açúcar, às agências internacionais.
A Índia deve se transformar na maior produtora mundial de açúcar e tentará reduzir seus estoques por meio do aumento das exportações do produto, disse Toby Cohen, chefe do setor de pesquisa da Czarnikow em Londres. O Brasil, desestimulado pelos preços mais baixos, provavelmente desviará uma quantidade maior de cana-de-açúcar para a produção de etanol, disse ele.
“A Índia exportará muito mais açúcar do que vimos em qualquer outra época”, disse Cohen durante conferência da F.O. Licht realizada em Bruxelas, na Bélgica.
A oferta mundial de açúcar deve superar a demanda em 14 milhões de toneladas no ano que vem, volume equivalente a cerca de 10% do consumo total, segundo a ED&F Man Holdings Ltd. Os preços do açúcar refinado negociado em Londres caíram 20% este ano, enquanto que o açúcar demerara transacionado em Nova York recuou 16%.
“É muito difícil não esperar que os preços tenham qualquer outro comportamento que não uma queda”, disse Cohen.