A Ipanema Coffees, uma das maiores produtoras de cafés especiais do mundo, com sede em Alfenas (MG), está participando do projeto-piloto de exportação de biomassal. A fazenda fornecerá, até o final do ano, 1.500 toneladas de palha de café que, transformadas em pellets, serão enviadas para a Essent, usina termoelétrica holandesa. País signatário do Protocolo de Kyoto, a Holanda estuda substituir parte do uso do carvão mineral (combustível fóssil) por fontes alternativas de energia, como a biomassa gerada através da casca de café.
O projeto está sendo realizado desde abril passado por meio de uma parceria entre a corretora de café Wolthers & Associates, de Santos, com a mineira Exprinsul, de Varginha, a convite da ONG holandesa Solidaridad.
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O projeto é experimental e a idéia é que seja futuramente estendido para diversas propriedades que, ao contrário da Ipanema Coffees, não reutilizam a palha como adubo. As fazendas que não reaproveitam a palha do café costumam deixa-la amontoada a céu aberto, o que é prejudicial ao meio ambiente: com a chuva, ela pode causar contaminação de mananciais de água.
Além da palha, a Ipanema Coffees também reaproveita todos os subprodutos do café para adubação orgânica. Uma máquina chamada trincha, por exemplo, passa pelas ruas do cafezal triturando folhas, restos de poda e até galhos, e deixa uma camada que protege o solo. Essa camada vai se decompondo com o tempo e se transforma em adubo natural.
