Mercado

Cana puxa vendas de máquinas e implementos agrícolas

Os segmentos de cana, café, cítricos e a recupação dos grãos voltaram a animar o segmento de máquinas e implementos agrícolas. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostram que de janeiro a maio de 2007 contra o mesmo período do ano passado.

O bom desempenho reflete a ligeira reação nos grãos e da expansão da cultura dos três “c”, ou seja, cana-de-açúcar, café e cítricos. “Embora expressivo, o aumento se dá com uma base de comparação muito baixa”, explica Newton de Mello, presidente da Abimaq. O empresário refere-se ao fraco desempenho de 2006 e 2005, quando o segmento fechou esses dois anos com faturamento pouco superior a R$ 4 bilhões, ao passo que em 2004 o montante chegava a R$ 7 bilhões. Os dados mensais também refletem a crise vivenciada pelo setor, ao apontar um faturamento de R$ 832 milhões em junho de 2004, que, após sofrer queda gradativa, desceu para R$ 293 milhões, em janeiro de 2006, voltando a recuperar-se e atingindo em maio de 2007 um total de R$ 517,72 milhões.

O pequeno aumento do número de empregados, de 9,5%, também é um reflexo de uma recuperação modesta. “Em maio deste ano o setor empregava 38.243 empregados, contra 34.933 em maio de 2006. Ao passo que o setor já chegou a empregar 45.375, em agosto de 2004”, compara.

O segmento de máquinas e implementos agrícolas exportou US$ 245,073 milhões, com crescimento de 14%, no comparativo de janeiro a maio deste ano contra 2006, enquanto importou US$ 76,010 milhões, com aumento de 147,8%. As máquinas agrícolas são exportadas sobretudo para a América do Norte e Latina, sendo que o maior volume é de componentes para mercado norte-americano, e de máquinas de preparo do solo para os latinos.