A Fundação de Amparo de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Dedini S/A Indústrias de Base, de Piracicaba (SP), assinam hoje, dia 17 de julho, um acordo de cooperação para o financiamento conjunto de pesquisas científicas e tecnológicas em universidades e institutos de pesquisa em novas tecnologias para a produção de etanol de cana-de-açúcar. Fapesp e Dedini vão investir juntas cerca de R$ 100 milhões.
O acordo será assinado durante o Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria Sucroalcooleira (Simtec), em sua quinta edição, na cidade de Piracicaba.
O convênio prevê a realização de estudos voltados ao aperfeiçoamento de tecnologias industriais para a transformação da cana em etanol. Os trabalhos serão feitos por equipes compostas por pesquisadores de instituições de ensino superior e pesquisa no estado de São Paulo e da Dedini.
Segundo Sérgio Leme, vice-presidente da Dedini, a parceria com a Fapesp abordará desenvolvimento de tecnologia para melhorar o processo de produção de álcool, aumentando a produtividade dos equipamentos, e também acelerar o processo de fermentação para a produção do álcool. Esse convênio prevê pesquisas para os próximos cinco anos.
Uma destilaria para a produção industrial de álcool a partir da celulose deverá ser implantada pela Dedini para que a companhia dê continuidade ao seu projeto de DHR (Dedini Hidrólise Rápida), tecnologia que permite a produção de álcool por meio do bagaço da cana. Esse processo, desenvolvido pela Dedini, utiliza uma tecnologia chamada rota hidrólise ácida, que permite o reaproveitamento do bagaço para a produção de álcool.
A Dedini já tem uma planta-piloto em operação na usina São Luiz, que pertence ao grupo Dedini Agro, em Pirassununga (SP).
Nessa parceria, a Fapesp deverá entrar com 50% dos recursos e a Dedini com a outra metade, segundo Leme.