A francesa Agrofuel, empresa da área de bioenergia do Grupo LVMH – que possui a famosa grife Louis Vuitton e a seguradora Axa, entre outros negócios – vai investir em biocombustíveis no Brasil. O interesse imediato é a fabricação de biodiesel, que será exportado prioritariamente para a França. Não está descartado, num segundo momento, investimentos em etanol. Um passo decisivo para iniciar essa empreitada foi dado em 18 de maio quando o CEO da Agrofuel, André Trucy, esteve na E-Machine, em Ribeirão Preto, SP, participando de reunião com Marcelo Alioti, diretor da empresa, e Marcelo Acuña Coelho, parceiro da E-Machine na área de fusões e aquisições e de comercialização de etanol e açúcar.
Durante o encontro, a empresa de Ribeirão Preto disponibilizou informações detalhadas sobre tecnologias e plantas industriais, adotadas no Brasil, para unidades de fabricação de biodiesel e para usinas de produção de açúcar e álcool. Além disso, foram apresentados estudos sobre custos dos projetos de biocombustíveis e taxas de retorno, entre outros dados. A E-Machine organizou uma programação de visitas de André Trucy que conheceu unidades de biodiesel em implantação em Mato Grosso do Sul, onde poderão ocorrer os investimentos e parcerias da empresa de bionergia do Grupo LVMH, que já produz biodiesel de canola na Ucrânia.
Segundo Marcelo Coelho, a Agrofuel – fundada em 2006 – não está avaliando somente a definição do local para investimento no projeto da usina de biodiesel. Há outros aspectos que estão sendo estudados: a matéria-prima a ser utilizada, que ficará entre soja e pinhão manso; a tecnologia a ser adotada e ainda a implantação de unidade própria de processamento de óleo ou a aquisição deste produto de terceiros. Essas variáveis estão sendo consideradas nas alternativas de investimentos da empresa, que avalia o desenvolvimento de um projeto greenfield, a aquisição de uma planta industrial já instalada ou ainda a participação societária em unidade que está em fase de implantação. De acordo com Marcelo Coelho, todas as questões – tecnológicas e financeiras – têm sido discutidas pelo comitê que faz a análise de investimentos do grupo.