Mercado

Ometto critica distribuidoras por não repassar toda a queda no preço do álcool na bomba

O presidente do Grupo Cosan, Rubens Ometto Silveira Mello criticou ontem (4 de junho) as distribuidoras por não repassarem toda a queda do álcool nas usinas, decorrente da alta produção da safra plena, ao mercado consumidor.

Na opinião de Rubens Ometto, cabe ao setor apontar onde está a falha no repasse de preços, para que a opinião pública pressione as distribuidoras a repassarem seus ganhos de intermediação do produto, que hoje sai da usina ao preço de até R$ 0,60 o litro, considerado abaixo do custo de produção pelos produtores. Se as unidades transferissem toda a queda no preço do álcool que compram das usinas ao consumidor, o custo do álcool na bomba cairia para até em torno de R$ 1,00 o litro.

São situações como essa de baixa de preços – causadas pela falta de mecanismos de estoque regulador eficiente – que prejudicam as unidades produtoras. Ometto, entretanto, não mostrou preocupação com as oscilações e apontou, no encontro São Paulo Etanol Summit, em São Paulo o planejamento estratégico das unidades e grupos como solução.

“A ação mais importante para o setor de bioenergia sucroalcooleira é colocar em prática um planejamento estratégico comercial eficiente”, disse Rubens Ometto. Ele apontou as usinas da Barra e Junqueira como modelos e preferidas, a primeira pela modernidade tecnológica e a segunda pela capacidade de aplicar mudanças.

Sobre o acordo assinado ontem, que prevê a antecipação do fim das queimadas nos canaviais, grupos com melhor saúde financeira, como o da Cosan, de Rubens Ometto acreditam que conseguirão se adaptar dentro do prazo, ainda que apertado.