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Diana mira na marca de 2,5 milhões de toneladas de cana

Companhia promove encontro técnico e lança relatório de sustentabilidade

Diana mira na marca de 2,5 milhões de toneladas de cana

“Fartura de cana”. A expressão utilizada por um dos maiores fornecedores de cana-de-açúcar da Diana Bioenergia resume o que foi a safra 2023/24 para a usina.

“Em 2010, a Diana moía 800 mil; agora estamos com 1,9 milhão e vamos continuar trabalhando para chegar a 2,5 milhões de toneladas para fortalecer a nossa região, nossos fornecedores e parceiros”, confirma o bom momento o diretor administrativo e financeiro da usina, Leonardo Perossi.

Apesar de ser um ano marcado por desafios, é importante lembrar que todos foram superados, ressaltou Perossi.

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“A Diana não deixou nenhuma cana de fornecedor para trás e para isso está bisando a cana própria, correndo todos os riscos e custos que isso implica. Segundo dados da área agrícola, a usina praticamente bisou 35% da cana própria, deixando de lucrar mais de 50 milhões de reais com relação à produção. “Isso é para mostrar a parceria e o comprometimento que a gente tem com nossos fornecedores”, disse Perossi.

O gerente agrícola da unidade, José Cristóvão, observou o excelente desempenho do TCH de 2021 a 2023, registrando um aumento de 45%. “Uma coisa muito espetacular. Eu comento que, em 38 anos de usina, eu nunca tinha visto um resultado desse. Saímos de 70 toneladas e fomos para 104. Precisamos manter isso agora, para que as coisas aconteçam também nos anos seguintes”, disse.

“O ATR cai um pouco, na faixa de 6, porque, com muito volume de massa, o açúcar naturalmente cai, mas o que dá dinheiro para a gente são as toneladas de açúcar por hectare. Saímos de 11,7 para mais de 15 toneladas, então por isso meus parabéns a todos pelo trabalho”, ressaltou Cristóvão.

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Leonardo Perossi

Ainda com relação ao ATR, ele observou que o da usina é sempre melhor que o do fornecedor. “Isso acontece porque temos uma concentração grande de coleta dos fornecedores nos meses mais nobres de maturação e, dentro do plano de crescimento, a gente precisa planejar melhor isso e distribuir essa coleta de uma forma mais equilibrada, para a gente poder ter nosso manejo e o manejo do fornecedor preservado, respeitando as características varietais e colhendo os melhores resultados”, explicou.

Para Cristóvão, apesar dos bons resultados, sempre é possível melhorar cada dia mais. “Nós podemos melhorar o nosso preparo de solo, nós podemos melhorar o nosso plantel varietal, enfim, sempre dá para fazer um pouco melhor. E esse é um dos nossos objetivos aqui”, disse.

O produtor Wilton José De Oliveira, há cinco anos fornecendo para Diana, destacou a fartura de cana nessa safra. “Alcançamos 330 toneladas de plantio na cana de 1º corte e uma média de 230 toneladas na cana de 4º corte. Uma produção muito boa, graças à quantidade de chuva que caiu no ano passado, o que deixou as usinas cheias de cana bisada. De todas as variedades, a que tivemos uma produção melhor foi a CTC 4. E a expectativa para este ano é tentar igualar a produção do ano passado, mas vai depender muito da chuva”, destacou Oliveira.

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O fornecedor Luciano Batista Pinto, numa parceria que já dura 11 anos com a Diana, também ressaltou os bons resultados alcançados nesta safra. “Uma média de 200 toneladas por alqueire no 4º corte, na CTC 4. Estamos com uma nova variedade, a CV7870, que começamos a plantar e vamos ainda ver os resultados. Fazemos todo aporte, controle de pragas; comecei com o controle biológico faz dois anos e esse ano iniciei também a adubação química com a orgânica”, informou Pinto.

Encontro técnico e relatório ambiental

Os indicadores que apontam o bom desempenho da Usina foram apresentados no dia 12 de dezembro, quando a Diana promoveu seu 1º Grande Encontro Técnico de Fornecedores e Parceiros de Cana-de-açúcar, em Penápolis-SP.

O encontro marcou também o lançamento do seu Relatório de Governança Ambiental, Social e Corporativa, que traz um acompanhamento do desempenho econômico durante o período de safra de 01/04/2022 a 31/03/2023. O documento apresenta projeções de longo prazo, num horizonte de 5 anos, para avaliação financeira e alocação de recursos, destacando também a valorização do capital humano, com a implementação das boas práticas ESG, sempre tendo como principal valor a saúde e a segurança dos colaboradores da usina.

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Para a diretora Iza Barbosa, da TerraGrata Consultoria em Sustentabilidade e Responsabilidade Social, que coordenou a elaboração do relatório, ele define os rumos a serem perseguidos. “Ele mostra também os desafios; não há só notícias boas, só grandes conquistas, mas a empresa tem consciência do que tem que caminhar e para onde vai. O importante, como eu disse para vocês, é a transparência. A perenidade de uma empresa não é quantas fazendas ela tem, quanto dinheiro, nada disso. A perenidade da empresa é justamente esse documento que está aqui”, disse.

O dia também foi marcado por apresentações da equipe técnica da usina, que abordou temas como preparo do solo e plantio, cultivo, adubação com soqueira, controle de pragas e doenças, colheita, transporte, variedade de cana, entre outros aspectos relativos à produção canavieira.

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Manual de boas práticas

Na área jurídica, o advogado Eduardo Carrero destacou a grande adesão dos fornecedores ao manual de práticas para contratação de trabalhadores rurais. “Em 2023, a Diana Bioenergia não registrou nenhuma autuação nesse quesito. A gente sabe que a fiscalização é complicada, a burocracia é complicada, mas estamos tendo bastante sucesso com isso”, informou.

“Nesse ano de 2023 tivemos fiscalizações na usina e, graças a Deus e ao trabalho de todos, não houve qualquer tipo de autuação com relação à contratação de trabalhadores rurais, ao trabalho no campo e também não tivemos nenhuma informação de que houve qualquer tipo de autuação com nossos fornecedores. Isso quer dizer que, além do trabalho que a Diana vem fazendo, com a conscientização de todos, os fornecedores também aderiram a isso e estão de parabéns”, reforçou Carrerato.

Para Carrerato, a legislação em relação ao trabalho no campo é muito pesada e um grande desafio para o empresário. “Infelizmente, para a gente, a legislação trabalhista é muito pesada, muito intensa. A gente ouve até juízes falarem que a culpa não é do fiscal, a culpa não é do juízo, a culpa não é do advogado; a culpa, na realidade, é a nossa legislação pesada, para você poder contratar e colocar um trabalhador no campo”, argumentou.

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“Está todo mundo de parabéns! Ser empresário hoje, ser um fornecedor é um grande desafio, é um herói na nossa sociedade, na questão do agronegócio, que sustenta o nosso país”, ponderou o advogado.

Durante o encontro, o diretor administrativo e financeiro Leonardo Perossi também enalteceu o comprometimento dos colaboradores e funcionários da usina. “Este ano a gente vai fazer novamente uma antecipação do PPM dos funcionários, o que, no ano passado, deu bastante conversa boa aqui na região. A gente deu como se fosse o décimo quarto dos funcionários e agora a gente está depositando novamente esse décimo quarto dos funcionários, que é a forma de reconhecer o comprometimento deles que constroem isso aqui

e os resultados são deles”, disse Perossi, enfatizando que o encontro teve como objetivo promover a troca de experiências e fortalecer ainda mais as parcerias.

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