O governo federal e os empresários do setor sucroalcooleiro reuniram-se ontem, 23 de janeiro, no encontro da Câmara Setorial de Açúcar e Álcool, em Brasília, para discutir um plano estratégico para a estocagem de álcool. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afrmou que “é preciso encontrar mecanismos privados para bancar a estocagem”.
A estocagem faz parte de um programa para garantir o abastecimento de álcool durante a entressafra. O governo possui linhas de crédito para este tipo de programa. Contudo, o setor privado articula a possibilidade de garantir os estoques com recursos privados.
O governo também estuda a questão tributária nas discussões sobre estocagem. A câmara propõe o restabelecimento da regra geral para álcool anidro e álcool hidratado, com incidência não cumulativa de PIS/Cofins. A estimativa da câmara setorial é de que R$ 250 milhões sejam sonegados anualmente neste tributo.
Outro assunto levantado foi a expansão do setor sucroalcooleiro para os próximos seis anos. Segundo o vice-presidente de operações da Dedini/Indústrias de Base, José Luiz Olivério, o Brasil teria de aumentar ap rodução nacional de cana para 570 milhões na safra 2010/11 para atender à crescente demanda. Para o processamento de quase 200 milhões de toneladas adicionais de cana, Olivério calcula que seria preciso instalar 73 novas usinas de açúcar e álcool.