
Com o tema “Maior exportação de energia com uso de biomassa”, Gustavo Franco, da Usina Pitangueiras, destacou as vantagens obtidas com a utilização do condensador evaporativo em detrimento das torres de resfriamento, para aumentar a eficiência na cogeração de energia.
O assunto foi parte da 21ª edição do SINATUB Internacional, realizado no último dia 8, nas dependências do Centro de Convenções de Ribeirão Preto, em Ribeirão Preto – SP, que teve como plano de fundo Caldeiras, Vapor, Energia e Biogás.
Com uma meta fixada na redução do consumo de vapor para 385 kg vapor / tc, com mix açucareiro de 70%, a Pitangueira deu início às ações visando a maximizar sua eficiência energética.
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“Nós tínhamos um gerador de 10 megawatts e fizemos a substituição por um de 25. De acordo com o layout de nossa planta, optamos pelo condensador evaporativo, implantamos uma automação parcial na evaporação, com uma Redução de 17,2 kg vapor/ tc e um outro ponto importantíssimo para a gente, foi o catalisador de combustível que estamos usando na Pitangueiras”, informou Franco.
Em relação a automação, o controle de laço fechado da evaporação S-PAA busca otimizar o consumo de vapor da planta e manter a estabilidade das pressões de vapor das linhas.
“Com a pressão de escape estabilizada na meta desejada, assim modulamos as válvulas de entrada de vapor nos prés aquecedores, proporcionando um ganho no consumo de vapor de processo. Visando o brix do xarope é 63 °Brix, caso por determinado tempo, o brix do xarope fique abaixo ou acima deste valor. Atua-se uma correção no alvo de vapor vegetal e as válvulas dos Prés para ajudar a regularizar o brix do xarope”, explicou Franco.
“Antes a gente modulava a válvula lá no gerador a resposta desse laço para chegar no nosso produto final que é o brix que é o nosso foco, era muito demorado então a gente modulando a nossa pressão na entrada dos prés a gente avaliou que tem um ganho muito significativo e positivo”, avaliou.
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Outro ponto mencionado por Franco foi a utilização do catalisador Thermact-B, fabricado pela empresa indiana Abhitech, que proporcionou estabilidade no controle de pressão e temperatura; menor emissão de gases (mat. particulado, óxido de nitrogênio); menor quantidade de resíduos no sistema retiragem de cinzas e menor consumo de bagaço.
“Tivemos um ganho de 3.4% no nosso bagaço. Hoje estamos com um monte de bagaço mais ou menos em torno de 100 a 110 toneladas. Tivemos um ganho expressivo relacionado a isso e consequentemente ganhando no vapor”, informou Franco.
Para finalizar Franco também mencionou a importância do monitoramento on-line de toda a planta. “O CRA fica avaliando aquele valor se ele sair fora durante o período que estipulamos para ele em torno de 5 a 10 minutos, ele já gera um alerta para o pessoal de campo então isso levou a operação agir mais rápido em questão de eficiência dos nossos operadores”, informou Franco, que informou ainda quanto a alguns recordes alcançados pela Pitangueiras na safra 2023, com uma moagem diária de 17.481,88 toneladas e mensal de 509.988,74 toneladas. Atingindo uma fabricação de açúcar diária de 36.466 sacas e mensal de 969.503 sacas.