Intensificação das pesquisas com foco no uso dos bioinsumos, uma unidade 100% adequada ao manejo regenerativo, redução no número de operações, concentrando na operação de vinhaça localizada e uma fábrica de organomineral. Esses são os próximos passos planejados pela BP Bunge, voltados para o aprimoramento da sua produção.
Em participação de painel sobre nutrição e biodinâmica dos solos, na 2ª Reunião da Canaplan, realizada em outubro, Rogério Breem, da BP Bunge, antecipou algumas das estratégias da empresa que incluem a aplicação de fertilizantes organominerais, uso de bioinsumos, manejo de estímulos fisiológicos e combate a incêndios.
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Segundo Bremm os organominerais e vinhaça já contam com 50 mil hectares de área total plantada e pouco mais da metade usando composto, produzindo material para isso. “Dos 300 mil hectares de cana própria, 85% da área conta com vinhaça aplicada ou localizada. Atualmente contamos com 5 unidades adubadas, com 7 previstas para 2024, devendo chegar a 10 unidades em 2025”, informou.
Bremm mencionou o exemplo de um produtor de Goiás que deu início a essa nova fase com o uso do biológico com foco no nitrogênio. “Mudando a forma de colocar o nitrogênio – estamos 100% recebendo bactéria, substituindo o nitrogênio mineral, 0,3 quilos toneladas de cana, entrando com outras ações”, explicou.
Entre os avanços na área, Bremm elencou o melhor ano de controle de broca e cigarrinha, “reduzindo pela primeira vez, os valores investidos em inseticidas”, informou. Segundo ele, a inundação de produtos biológicos está provocando uma mudança no campo. A BP montou a primeira biofábrica de Itumbiara – GO , e para o próximo ano mais duas deverão ser instaladas.
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A medida que houve uma redução de custos no consumo do N, P e K, esses recursos passaram a ser usados na adoção de outras tecnologias e hoje nós gastamos menos por hectares do que gastávamos há 3 anos, com índices de produtividade de 85 TCH na região norte, 96 TCH na região central e 97 TCH na região sul.
“Com a produtividade neste padrão, temos 4 usinas acima de 100 toneladas, usando 40% menos de adubação mineral do que a usada há 3 anos.
Bremm também falou sobre o trabalho de prevenção de incêndios, com a implantação de uma Brigada 4.0, que inclui monitoramento: torres de observação equipadas com câmeras de alta definição e sistema de satélites. Os pilares do programa de prevenção são baseados na prática preventiva, rápida detecção, e agilidade no combate.
“Como resultado houve uma redução de 60% nas áreas incendiadas em comparação com a safra de 2022”, disse.