Uma comissão formada por entidades ligadas aos canavieiros, como a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) e a Federação Paulista de Agricultura, visitou na quarta-feira (25), a 1° estação experimental para abastecimento de hidrogênio a etanol no mundo, em desenvolvimento na Escola de Engenharia Mecânica da Politécnica, vinculada à USP.
A previsão é de que a estação esteja operando no próximo ano. No local, também conheceram o Mirai, veículo cedido pela Toyota para testar a performance dessa troca de motores a combustão interna para começar a usar hidrogênio produzido a partir do etanol.
Entusiasta da iniciativa e defensor do uso do etanol como adaptação para as novas necessidades sustentáveis e da pegada de carbono, Alexandre Andrade Lima, vice-presidente da Feplana, ficou impressionado com o desenvolvimento.
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“Na estação será abastecido inclusive ônibus. No caso do carro Toyota de 180 cavalos, será possível rodar 17 Km com apenas um litro de etanol. Em poucos anos, a tecnologia estará em outros postos pelo Brasil. Tudo indica que no futuro breve o custo para os postos em colocar tal tecnologia será semelhante ao equipamento utilizado atualmente para abastecer o carro movido a gás“, comemorou o representante da Feplana.
De acordo com a USP, no conjunto de equipamentos a serem instalados na estação, haverá um reformador a vapor, capaz de converter o etanol em hidrogênio por meio de um processo químico denominado “reforma a vapor”, que é quando o etanol, submetido a temperaturas e pressões específicas, reage com água dentro de um reator.
Tirson Merelles, vice-presidente da Faesp, acompanhou a Feplana na visita à USP. A comitiva contava com Nelson Peres, presidente da Comissão Cana na CNA, Klécio Santos, presidente da cooperativa sucroenergética Pindorama em Alagoas, o CEO da Orplana, Guilherme Nogueira, e do presidente da Canasol, Luís Henrique Scabello, que é o tesoureiro da Feplana.