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Brasil reafirma no BRICS que está empenhado em buscar matriz energética mais limpa, segura e sustentável

MME participou da 8ª Reunião Ministerial de Energia do BRICS, que aconteceu na África do Sul

VI Cúpula do Brics é realizada com segurança máxima em Fortaleza (CE). Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil
VI Cúpula do Brics é realizada com segurança máxima em Fortaleza (CE). Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério de Minas e Energia (MME) participou, nesta sexta-feira (18), da 8ª Reunião Ministerial de Energia do BRICS, que aconteceu na África do Sul.

Representando o ministro Alexandre Silveira, o diretor do Departamento de Informações, Estudos e Eficiência Energética (DIEE) da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento (SNTEP) do MME, Gustavo Masili, destacou que o Brasil está empenhado em encontrar soluções que permitam a transição para uma matriz energética mais limpa, segura e sustentável.

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“Fizemos significativos progressos para expandir o uso de energias renováveis, como bioenergia, hidroeletricidade e, mais recentemente, fontes eólica e solar. Hoje temos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com aproximadamente 90% da eletricidade do país a partir de fontes limpas e renováveis”, destacou.

Masili apresentou, durante a cúpula das economias emergentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), o programa Energias da Amazônia, lançado pelo ministro Alexandre Silveira no início do mês, em Parintins (AM), e formalizado nesta quinta-feira (17) por meio do Decreto nº 11.648/2023.

“Recentemente lançamos um programa ambicioso para descarbonizar a região da Amazônia Legal, com o objetivo de fornecer energia limpa e novas tecnologias para milhões de pessoas que ainda dependem do diesel geração ou falta de acesso à energia em geral”, discursou na abertura da reunião.

Durante a reunião foram apresentados os relatórios do Grupo de Trabalho sobre cooperação no setor de energia entre os países, além de estudos. Para o representante do MME, a segurança energética tornou-se uma prioridade para todas as nações, e para o Brasil não é diferente.

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Segundo Masili, a transição energética deve ser destacada como papel vital. “Não é apenas uma exigência de descarbonizar economias em face de metas ambientais e redução de emissões, mas também atua como catalisador da própria segurança energética ao permitir o uso racional de cada um dos recursos energéticos do país para garantir maior estabilidade e segurança”, pontuou.

Os relatórios irão informar sobre as perspectivas energéticas e os desafios para o futuro, mas também servirão de referência e fornecerão informações importantes a outros países sobre os esforços do BRICS até o momento.

Gustavo Masili também falou durante sua participação sobre o Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), Combustível do Futuro e sobre o plano de investimentos em linhas de transmissão.

A reunião ministerial compõe a prévia da 15ª reunião de cúpula do BRICS, onde será fechado um acordo entre os países em relação à energia. O encontro do presidente Lula com os demais líderes do BRICS deve acontecer entre os dias 22 a 24 de agosto, em Joanesburgo.

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BRICS

O BRICS é um agrupamento das economias mundiais do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul formado pela adição da África do Sul ao antecessor BRIC, em 2010.

O acrônimo original “BRIC” (ou “os BRICs“) foi criado em 2001 pelo economista do Goldman Sachs, Jim O’Neill, para descrever economias de rápido crescimento que dominariam coletivamente a economia global até 2050.