Temendo medidas de restrição ao avanço da cana no Estado de Goiás e que essas ameaças inviabilizem os futuros projetos de expansão, o Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar de Goiás, estuda medidas judiciais para coibir a ação.
Segundo o presidente do sindicato, Igor Montenegro, a medida, tomada pelo prefeito Paulo Roberto Cunha, fere artigos da constituição, como a liberdade da propriedade privada. As informações foram divulgadas ontem junto ao balanço do encerramento da safra 2006/07 do setor.
Os dados mostram que a safra de cana-de-açúcar cresceu 10% neste ano em relação a 2005. A produção de álcool cresceu 12,41%, e a de açúcar, 10%, e não haverá grandes aumentos de preços do álcool para o consumidor na próxima entressafra. Igor Montenegro comenta que a restrição de 10% para a cana-de-açúcar de toda a área destinada à agricultura em Rio Verde prejudica, principalmente, os produtores da região.
O aumento de 12,41% no total de álcool, anidro e hidratado fez a produção subir de 728,979 metros cúbicos em 2005/06 para 855,105 metros cúbicos nesta safra. Já os 10% de aumento da cana elevaram os estoques do produto de 14,558 milhões de toneladas para 16,659 milhões de toneladas, 90% do que era previsto antes de começarem as chuvas no fim de setembro.