O Brasil dispõe de todas as características necessárias para se tornar o principal beneficiário das oportunidades geradas pelos mecanismos de desenvolvimento limpo e as políticas de crédito de carbono. A opinião é do secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, José Goldemberg, que abordou o assunto durante o II Seminário de Gestão de Risco, Saúde e Meio Ambiente, no sábado, 11 de novembro, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O evento foi uma realização conjunta da Fundação Mapfre, Fiesp e Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
Goldemberg lembrou que o País já foi líder em números de projetos e de emissões de créditos de carbono. “Hoje, em razão do excesso de burocracia, que atrasa a apreciação e a aprovação de projetos, ocupamos o terceiro lugar”, observou. De acordo com informações da Agência Indusnet Fiesp, o Brasil possui 58 projetos registrados – o que representa 23% do total mundial -, que deverão gerar quase 14 milhões de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs) até 2012. Os setores de biomassa, usinas hidrelelétricas de pequeno porte e aterros sanitários são os que mais desenvolvem projetos nessa área.