Seja no talhão ou nas máquinas agrícolas, as mulheres ocupam cada vez mais o espaço do agro brasileiro. A Agrishow 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação ressalta a importância feminina no setor com o Agrishow Pra Elas.
Em sua segunda edição, a iniciativa é o ponto de encontro das mulheres, promovendo uma série de debates.
A produtora piauiense Lucia Bortolozzo visita a feira e participa ativamente de iniciativas para as mulheres do agro. “Precisamos fortalecer ainda mais nossa representatividade no campo, começando pelas entidades de base, como os sindicato, associações e eventos, como a Agrishow”, destaca a produtora de café em Araraquara e de soja, milho e algodão, em Uruçuí no Piauí.
Também visitando o espaço estavam as produtoras Karina Catto, que arregaçou as mangas e está se firmando no agro à frente do sítio Rio do Peixe, na cidade paulista de Dois Córregos, que produz hortaliças e frutas, Rosana Teixeira Arle, de Marília e Rita de Cássia Caetano, de Terra Roxa. “Apesar dos grandes avanços que vemos nos últimos anos, a mulher ainda tem muitos desafios para superar no agro”, pondera.
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Dentro da programação do Agrishow Pra Elas foi anunciada, nesta quarta-feira (30), a abertura das inscrições do Prêmio Mulheres do Agro, uma iniciativa idealizada pela Bayer, em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).
“O Prêmio Mulheres do Agro é nosso orgulho, ficamos muito felizes em dar voz para essas mulheres e divulgar a presença feminina neste segmento.
Este ano isso será ainda mais potencializado com a adesão de sete entidades”, afirmou Mariana Araújo, organizadora da premiação pela Abag.
Isabela Fagundes, especialista em Comunicação da Divisão Agrícola da Bayer, diz que a expectativa para esta edição é um número cada vez maior de histórias e exemplos femininos no campo.
“Que as mulheres ocupem, de fato, seu espaço de fala e comuniquem sobre o que elas estão fazendo em termos de ESG. Temos mais de 1 milhão de mulheres que lideram propriedades, segundo o IBGE, e queremos dar visibilidade a elas. Quando uma mulher conta sua história e ganha um prêmio, todas são reconhecidas criando uma identificação e uma rede de apoio entre elas”, revelou.
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O prêmio chega à sexta edição com reforços de empresas, associações e institutos que agregam reconhecimento e autoridade à iniciativa. Serão premiadas as candidatas que ficarem nas três primeiras colocações de cada categoria (pequena, média e grande propriedade), o que significa um total de nove vencedoras, que serão reveladas durante a 8ª edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, realizado nos dias 25 e 26 de outubro, em São Paulo. Criada em 2018, já reconheceu a gestão inovadora e sustentável de 45 mulheres do setor e recebeu mais de 900 inscrições.
O projeto conta com o apoio da Embrapa, Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas (Andav), Faculdade de Tecnologia (Fatec) Pompeia, Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq) e Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia.