O Brasil deverá ter dificuldade em produzir um volume suficiente do combustível no ano-safra que se encerrará em março próximo para atender à demanda interna devido ao fato de o aumento dos preços do produto em outros países estar incentivando as exportações, segundo informou relatório da corretora Czarnikow Sugar Ltd, de Londres.
O Brasil, que também é o maior produtor mundial de açúcar, deve exportar o recorde de 3 bilhões de litros de etanol neste ano-safra, comparativamente aos 2,4 bilhões de litros do período anterior, segundo informou a Czarnikow.
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As exportações para os Estados Unidos aumentarão para 1,2 bilhão de litros, ou 130 milhões de litros a mais do que na última temporada, impulsionadas pelo endurecimento da legislação ambiental norte- americana.
Os preços do açúcar refinado subiram e alcançaram um recorde em Londres em maio passado, em parte devido à especulação de que o Brasil utilizaria uma fatia maior de sua safra de cana- de-açúcar para produzir etanol. O açúcar refinado para entrega em agosto registrou alta de US$ 2,70, ou 0,8%, passando a valer US$ 355 a tonelada na última sexta-feira, 13 de outubro, na bolsa de Londres. Os preços da commodity alcançaram sua alta histórica, de US$ 497 a tonelada, em 12 de maio passado. O Brasil deve produzir 15,7 bilhões de litros de etanol neste ano-safra, quase 1 bilhão de litros a mais do que no último período, segundo a Czarnikow. É provável que o país canalize 51% da safra total de cana-de-açúcar para a produção de açúcar, volume inferior aos 52% do ano-safra passado, disse a corretora londrina.
