Mercado

Seminário do Nybot aborda técnicas para a gestão de riscos

O Seminário da Nybot (New York Board of Trade) sobre “Opções de Açúcar, Panorama de Estratégias e Volatilidade”, que teve lugar em São Paulo nos dias 3 e 4 de outubro, reuniu destacados especialistas e uma platéia ávida de orientações para melhor lidar com as incertezas do mercado de commodities sucroalcooleiras.

Os temas das palestras falam por si só do impacto que os últimos 12 meses – durante os quais, o preço do açúcar quebrou a marca dos 12 cts. por libra, chegando a quase 20, para logo voltar aos níveis iniciais – tiveram nos diversos players.

No primeiro dia, a programação incluiu palestras de Mike McDougall (Fimat): Revisão do mercado de açúcar e volatilidade – o mercado de açúcar em 2006; Marcos Molinaro (Czarnikow): Olhando para o futuro – O mercado de açúcar em 2007 – Onde estarão as surpresas? Questões chaves a observar; Tarcilo Rodrigues (BioAgência): Panorama dos Mercados internacionais de álcool; Sean Diffley (Tropix Capital): Projeções sobre a Participação dos Fundos de Hedge nos mercados de commodities em 2007; Alexandre Azara (Itaú-BBA): Influências da Economia Global sobre câmbio e commodities; José Roberto Mendonça de Barros (MB Associados): Perspectivas da economia brasileira para o câmbio e para as commodities.

No segundo dia, Arnaldo Corrêa (Archer Consulting) ministrou uma verdadeira aula sobre o mercado de opções, abordando a revisão dos fundamentos na formação de preços das Opções, o papel da Volatilidade na formação do preço, cinco erros comuns ao criar estratégias com opções e estudos de casos reais, analisando estratégias para produtores em vários ambientes de volatilidade. Depois ocorreu a palestra do James Mister (Cargill Risk Management) sobre Estratégias de hedging no mercado de balcão (OTCs – Over-the-Counter) em diferentes ambientes de volatilidade. E finalizando, André Schierz (Hencorp Commcor) liderou uma dinâmica seção sobre o uso dos fatores técnicos para avaliar volatilidade em 2006: o que funcionou e o que não funcionou.

Ficou claro para todos que no gerenciamento de riscos para lidar com a volatilidade, os produtores de açúcar deveriam utilizar as ferramentas de hedge para proteger margens e orçamentos, eliminar surpresas, estabilizar preços e reduzir riscos sem prejudicar oportunidades; não para especular sobre movimentos de volatilidade. Já para as tradings e os investidores, acho que a mensagem poderia sintetizar-se numa frase: muito cuidado com os gráficos, pois são como os biquínis – o que revelam é importante, o que escondem é vital.