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Alysson Paolinelli, brasileiro indicado ao Nobel da Paz, é homenageado

Ex-ministro teve papel central na transformação do Brasil em potência do agronegócio

(Divulgação Fiesp)
(Divulgação Fiesp)

O ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, engenheiro agrônomo, indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2021 e 2022, foi homenageado por sua atuação histórica em prol do agronegócio brasileiro, em cerimônia realizada na última terça-feira (29/), na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), durante reunião do Cosag.

Parlamentares, embaixadores e presidentes de entidades representativas da agroindústria entregaram ao homenageado o Prêmio Alysson Paolinelli – O maior Brasileiro Vivo.

O troféu foi concedido pelo Comitê Executivo de Indicação do Prêmio Nobel, presidido por Roberto Rodrigues, com apoio de várias empresas e entidades do setor agropecuário.

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Em seu discurso de agradecimento, Alysson Paolinelli reforçou que o Brasil é o único país capaz de, em poucos anos, mais do que dobrar a produção de alimentos sem abrir novas fronteiras agrícolas. “Temos as respostas rápidas e seguras que o mundo precisa em temas críticos como o combate à fome e enfrentamento da agenda climática”, afirmou.

Paolinelli também sublinhou a necessidade de se reler o papel da agricultura tropical muito além da sua tradução convencional em avanço do PIB. Outros pontos foram a participação dos jovens na política brasileira, a viabilização de novos modelos de financiamento rural, maior segurança jurídica no campo, combate ao desmatamento ilegal, democratização das tecnologias sustentáveis e reestruturação da Embrapa.

Durante a cerimônia, o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, agradeceu a participação de outras entidades do agro, e o papel de Alysson Paolinelli no atual protagonismo da agricultura brasileira. “São muitas as entidades unidas nesta missão de darmos ao país o seu primeiro Nobel da Paz na figura Paolinelli. Ele traduz de maneira perfeita todo o sucesso do nosso agronegócio hoje em dia”, disse.

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Jacyr Costa e Alysson Paolinelli

Jacyr Costa, presidente do Cosag da Fiesp, enfatizou o pioneirismo de Paolinelli, também conselheiro do Cosag, ao alinhar, há 50 anos, o conhecimento científico com a atividade agrícola, transformando o Brasil em um grande exportador de alimentos.

“Esta homenagem é um reconhecimento pelo trabalho exemplar desempenhado por Paolinelli no processo de transformar o Brasil de importador na década de 1970 em grande exportador, comercializando sua produção agrícola em mais de 200 países”.

Seguindo a mesma linha de argumentação, o atual ministro da Agricultura, Marcos Montes, lembrou que esta revolução agrícola vivida nos últimos 50 anos no País barateou o custo de vida da população:

“Em 1970, o percentual de gasto dos brasileiros com alimentação ocupava metade do salário. Hoje, depois dessa transformação capitaneada por Alysson Paolinelli, esse custo é bem menor”.

Na opinião do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, “Paolinelli é o autor da mais fantástica saga contemporânea da agricultura no mundo. Implementando programas pioneiros, fez o cerrado tornar-se produtivo”.

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Alysson Paolinelli recebeu o troféu das mãos do presidente da Fiesp Josué Gomes da Silva (Divulgação Fiesp)

O coordenador técnico da Rede Alysson Paolinelli, Ivan Wedekin, apresentou dados relativos ao trabalho de comunicação feito para a inclusão de Paolinelli entre os laureados pelo Nobel da Paz. Na primeira indicação, em 2021, foi elaborado um material com 56 páginas, ao qual foram anexadas 104 cartas de apoio representando 74 países.

“No caso de 2022, mesmo ele não tendo sido distinguido pelo Prêmio, nosso material avançou para 80 páginas, com mais de 100 cartas de apoio, metade delas da área acadêmica”, ressaltou.

O diretor da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), Durval Dourado Neto, lembrou a importância de um projeto mais recente liderado por Alysson Paolinelli.

“Como terceiro catedrático da Universidade de São Paulo (USP), ele está à frente do Projeto Biomas, que procura estruturar um planejamento estratégico para aumentar a produção de alimentos para 1,2 bilhão de pessoas até 2050”, revelou.