Mercado

Setor intermediário não faz repasse imediato da queda de preço

O setor intermediário de comercialização de álcool combustível – composto por distribuidoras e postos revendedores – tem uma dinâmica própria na definição de valores para o produto que não acompanha os preços nas usinas. Segundo uma fonte do mercado, existem motivos, que estão provavelmente relacionados a fatores especulativos e até mesmo ao aumento da margem de lucro, para que não ocorra o repasse imediato e integral da redução do preço do álcool – que é de 30,32% na usina – para os consumidores.

Em alguns Estados, como no Rio Grande do Sul e Minas Gerais, ocorreram, até mesmo aumentos para o consumidor, que ficaram em torno de 1% e 2% na primeira semana de maio. No Distrito Federal, o reajuste atingiu 6,06%. Em Estados onde há maior competitividade, como em São Paulo, a queda do preço nas bombas foi de apenas de 10,51%. A lógica e a dinâmica do setor intermediário de distribuição do álcool combustível não estão vinculadas à questão de estoque, como já alegaram representantes dos distribuidores. Esse fator – de acordo com uma fonte ligada à comercialização do produto – teria que valer também por ocasião dos aumentos do álcool durante a entressafra. Nesses casos, no entanto, os repasses para o consumidor foram imediatos.