A articulação de ações visando a erradicação do trabalho infantil e a inclusão social do menor carente foram os temas de uma reunião entre representantes do setor sucroalcooleiro de Alagoas e de instituições que atuam na proteção dos direitos da infância e da adolescência. O encontro aconteceu na sexta-feira, 10 de fevereiro, no Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL).
Apesar das usinas alagoanas não contratarem menores de 16 anos, essa prática ainda existe em unidades de produção familiares de fornecedores de cana, segundo Virgínia Ferreira, coordenadora do Fórum Estadual pela Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (Fetipat). Durante a reunião, os projetos, conhecidos como Guardião e a Casa de Meninos Juvenópolis, foram apresentados como alternativas de capacitação profissional e reinserção dos meninos de rua em um ambiente familiar.
De acordo com o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, as usinas e destilarias estão dispostas a colaborar com os projetos nessa área. Ele observou, no entanto, que as ações devem ser desenvolvidas com responsabilidade, tendo como objetivo a freqüência da criança na escola. “O empresário está disposto a ajudar, mas pela sua própria natureza exige resultados e transparência no dispêndio dos recursos”, ressaltou.