A Cooperativa do Agronegócio dos Fornecedores de Cana de PE (Coaf) recebeu nova certificação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) sobre a produção eficiente de biocombustível.
Foi elevada a nota ambiental da cana utilizada na fabricação do etanol hidratado, crescendo, também, o fator que determina a emissão de Crédito de Descarbonização (CBIOs).
A usina da Coaf passa a ter eficiência energética/ambiental na ordem de 56,85 gCO2eq/MJ. Isso representa um crescimento de mais de 22% do volume elegível.
Assim, segundo a nova certificação, a unidade eleva o seu fator para a emissão de CBIOs de 6,943111E-04 para 9,150405E-04 tCO2eq/L), conforme a nota técnica 47/2022/SBQ-CGR/SBQ/ANP-RJ.
A recertificação permitirá que a Coaf possa emitir mais CBIOs com base na reclassificação socioambiental da sua produção de etanol hidratado a partir do cultivo ao transporte da cana dos seus cooperados utilizada na fabricação na usina em Timbaúba. Na safra 2021/22, a unidade fabricou 40 milhões de litros de etanol e, a partir disso, pode emitir 28 mil CBIOs, os quais 100% deles serão repassados aos seus fornecedores de cana.
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A Coaf é uma das poucas usinas no Brasil a fazer tal distribuição de CBIOs aos canavieiros, já que o RenovaBio ainda não regulamentou a questão. Na última semana, não à toa, a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) se reuniu com o presidente Bolsonaro e cinco ministros, solicitando o apoio junto ao Congresso Nacional para a aprovação de um Projeto de Lei onde estabelece a distribuição proporcional de CBIOs também para o produtor de biomassa dos biocombustíveis brasileiros.