Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, o volume de etanol exportado em janeiro deste ano foi de 104,75 milhões de litros, valor 43,9% inferior aos 186,65 milhões registrados em janeiro do ano passado.
Já no comparativo com dezembro, mês em que foram enviados 194,52 milhões de litros do produto, a queda foi de 46,2%. Este foi o menor volume de despachos do biocombustível desde agosto de 2021.
Se por um lado, houve uma redução no volume, por outro lado, o preço médio de exportação do produto cresceu, ficando em US$ 667,22 por metro cúbico. O que representa um aumento de 0,92% no comparativo com dezembro, quando o preço foi de US$ 661,16/m³, e de 44,9% em relação aos US$ 460,48/m³ de um ano antes.
Este é o maior valor médio mensal para o etanol desde abril de 2019 e também o mais elevado, considerando apenas os meses de janeiro, desde 2017.
LEIA MAIS > Usina Furlan avança no processo de transformação digital na indústria
Com este preço e o volume despachado, a receita mensal foi de US$ 69,89 milhões. A queda no comparativo com dezembro foi de 45,7% uma vez que, naquele período, o faturamento chegou a US$ 128,61 milhões. Em relação a janeiro de 2021, a retração foi de 18,7%.
Os principais destinos do produto brasileiro em janeiro de 2022 foram: Coreia do Sul (54,89 mil L), Países Baixos (24,92 mil L), Estados Unidos (19,28 mil L) e Gana (2,59 mil L).
A Coreia do Sul se tornou o maior mercado de exportação do Brasil no ano passado, impulsionada pelo aumento da demanda por etanol para produção de produtos como higienizadores de mãos. Os EUA, que anteriormente ocupavam a primeira posição, continuam sendo um dos principais destinos do etanol brasileiro, mas sua participação de mercado caiu significativamente desde o início da pandemia em 2020.