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Projetos sobre preço dos combustíveis podem ser votados dia 15

Projetos que buscam controlar aumentos são prioridade do Senado neste ano

(Divulgação Agência Senado)
(Divulgação Agência Senado)

Dois projetos que buscam controlar o preço dos combustíveis e que estão sob relatoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN) devem ser votados no Plenário no próximo dia 15: o PL 1.472/2021 e o PLP 11/2020.

A informação foi confirmada após reunião realizada na sexta-feira (4), com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e os senadores Prates, Carlos Fávaro (PSD-MT) e Alexandre Silveira (PSD-MG), segundo a Agência Senado.

O PL 1472/2021, de autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE), foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em dezembro do ano passado. O projeto cria um fundo de estabilização do preço do petróleo e derivados no Brasil, ao estabelecer uma nova política de preços internos de venda a distribuidores e empresas comercializadoras de derivados petrolíferos produzidos no país.

Já o PLP 11/2020 foi aprovado na Câmara dos Deputados, em outubro do ano passado, e estabelece um valor fixo para cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, tornando o imposto invariável nos casos de flutuação de preço ou mudanças do câmbio.

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De acordo com Jean Paul, esses dois projetos estão com os entendimentos adiantados e não estão em conflito com outras Propostas de Emenda à Constituição (PEC) apresentadas sobre o assunto. “São medidas que pretendem estabilizar e baixar, no curto prazo, o preço dos combustíveis, principalmente do diesel”, explicou Jean Paul, ao defender as matérias que relata.

PECs e projeto

Na quinta-feira (3), o senador Carlos Fávaro protocolou uma PEC que converge para a contenção dos preços dos combustíveis. A PEC cria um auxílio diesel temporário, de até dois anos, para caminhoneiros autônomos e estabelece subsídio para famílias de baixa renda poder adquirir o gás de cozinha — com ampliação do Auxílio Gás para cobertura de 100% do valor do botijão, ao invés dos atuais 50%. Pelas redes sociais, Fávaro informou que sua PEC já tem o apoio mínimo exigido, de 27 senadores, para começar a tramitar.

Alexandre Silveira, que assina o PEC junto com Carlos Fávaro, explicou que a PEC ainda autoriza a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios a reduzirem os tributos sobre os preços de diesel, biodiesel, gás e energia elétrica, de forma a diminuir o peso da carga tributária “neste momento de dificuldades e de alta da inflação”.

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Na Câmara, o deputado Christino Áureo (PP-RJ) protocolou, também nessa quinta-feira (3), uma PEC que autoriza estados e União a promover redução total ou parcial de alíquotas de tributos de sua competência incidentes sobre combustíveis e gás, nos anos de 2022 e 2023. A proposta apresentada pelo deputado é o texto que foi trabalhado pelo governo federal sobre o tema.

Outro projeto que está em análise no Senado é o PL 3.450/2021, do senador Jader Barbalho (MDB-PA). Apresentado em outubro, o texto proíbe a vinculação dos preços dos combustíveis derivados de petróleo aos preços das cotações do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional.

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