O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou no último dia 26, Memorando de Entendimento (MoU) com o Banco Mundial.
O objetivo do instrumento é estabelecer um intercâmbio de experiências e informações entre as instituições e desenvolver uma agenda conjunta relacionada ao clima, ao mercado de carbono e à biodiversidade no Brasil.
As ações previstas no acordo incluem o desenvolvimento colaborativo de workshops e artigos sobre os mercados regulado e voluntário de carbono e a identificação de soluções financeiras baseadas nas melhores práticas internacionais, adequadas às agendas ambiental, social e de governança (ESG) e climática no Brasil.
As instituições trocarão experiências sobre iniciativas de transparência que promovam melhorias nos portais do BNDES: “Painel ODS – nossa contribuição para a Agenda 2030” e “Painel NDC – nossa contribuição para as metas de redução de emissões do Brasil”.
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Também serão discutidos processos e ferramentas de medição de riscos climáticos e de biodiversidade no Brasil e de avaliações de empresas, com base em aspectos ESG.
O BNDES vem celebrando Memorandos de Entendimento e Acordos de Cooperação com diversas instituições estrangeiras, organismos multilaterais, agências oficiais de crédito e instituições financeiras privadas. Tais acordos representam iniciativas de intercâmbio e cooperação entre as instituições participantes, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento, promover a troca de experiência e identificar projetos de comum interesse. Esta parceria com o Banco Mundial permitirá ao BNDES avançar ainda mais nas agendas de clima e biodiversidade, em linha com sua atuação ao longo dos últimos anos, além de auxiliar no atendimento às demandas regulatórias recentemente editadas pelo Banco Central do Brasil.
“O presente MoU foi desenhado em conjunto com o Banco Mundial e permitirá o aprimoramento de algumas atividades e processos já existentes hoje no BNDES e no Banco Mundial, em lógica de compartilhamento de conhecimento, com a qual pretendemos identificar soluções financeiras, baseadas nas melhores práticas internacionais, para apoiar as agendas climática, de carbono e de biodiversidade no Brasil”, afirma Bruno Aranha, diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES.
“Pretendemos também trocar experiências a respeito de processos, ferramentas e soluções de medição de riscos climáticos, para aprimoramento da transparência e para aprofundamento dos aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG) nas avaliações de empresas no Brasil”, completa.
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O Banco Mundial tem dedicado atenção e alocado recursos significativos para a agenda de mudanças climáticas. Somente em 2021, o Banco Mundial destinou US$ 26 bilhões em financiamentos climáticos e é hoje o maior financiador climático do mundo para países pobres e em desenvolvimento. Além disso, a instituição trabalha para, em 2025, ter seus fluxos financeiros alinhados aos objetivos do Acordo de Paris, conforme definido em seu Plano de Ação para Mudanças Climáticas.
De acordo com Paloma Anós Casero, diretora do Banco Mundial para o Brasil, “As populações mais pobres são também as mais vulneráveis às mudanças do clima. Se nada for feito, eventos climáticos cada vez mais intensos e frequentes podem levar 130 milhões de pessoas à pobreza e forçar mais de 250 milhões de pessoas a migrarem dentro de seus países até 2050. Por isso, essa agenda de mudança do clima está diretamente associada à missão do Banco Mundial, que é erradicar a pobreza e compartilhar prosperidade”.