Amanhã, quarta-feira, 25 de maio, o GTI – Grupo de Trabalho Interministerial, criado para avaliar a situação do setor sucroalcooleiro do Nordeste, reúne-se com produtores e empresários nordestinos em Salvador. Este será o último encontro oficial do grupo com representantes do setor antes da conclusão do relatório que irá subsidiar o governo na definição de uma política diferenciada para o setor canavieiro do Nordeste.
O relatório, que será entregue ao presidente Lula e a pelo menos cinco ministros no dia 30 de junho, não irá tratar da principal reivindicação de usinas e fornecedores de cana, que é o pagamento da equalização de custos. Os recursos do subsídio da cana não são repassados há mais de três anos. Na conta dos produtores, o governo deve mais de R$ 800 milhões ao setor.
O presidente da Unida – União Nordestina dos Produtores de Cana, Edgar Antunes, vai à reunião. Antunes afirmou que não concorda com a posição do GTI. “A equalização está garantida na Lei. É um direito nosso. Os integrantes do GTI ficam sugerindo paliativos, como linhas e crédito. Isso está errado. Vamos exigir o que é nosso”, diz o presidente da Unida.
O presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, disse que as entidades representativas do setor vão continuar a mobilização pela retomada do programa. O foco será a busca de políticos do Nordeste para intensificar a pressão em Brasília. Para facilitar as negociações os produtores aceitam receber o passivo em títulos do governo federal.